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Secretário de Estado dos EUA rejeita a retirada de tropas do Iraque

Mike Pompeo deu declarações antes mesmo de o Parlamento do Iraque aprovar medida determinando a saída de tropas estrangeiras do país.

O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, rejeitou neste domingo, 5, os pedidos do primeiro-ministro interino do Iraque para que seja estabelecido um cronograma para que todas as tropas estrangeiras saiam do país, após um ataque norte-americano que matou o principal comandante militar iraniano Qassim Suleimani. As declarações foram dadas antes de o Parlamento do Iraque aprovar uma medida para expulsar as tropas americanas do país.

Pompeo disse que povo iraquiano quer que os Estados Unidos permaneçam no país e continuem a luta contra o terrorismo. O secretário de Estado apareceu em todos os noticiários da manhã deste domingo para falar sobre estratégia dos EUA após o ataque que matou Suleimani e mais oito, entre eles Abu Mahdi al-Muhandis, um poderoso líder da milícia iraquiana.

Mais cedo, o líder iraquiano Adel Abdul Mahdi chamou o ataque norte-americano de "assassinato político" e disse que o governo do Iraque deve estabelecer um cronograma para a retirada de todas as tropas estrangeiras "pelo bem de nossa soberania nacional".

Em resposta, Pompeo chamou Mahdi de "primeiro-ministro interino". "Ele (Mahdi) está com sua própria liderança ameaçada", afirmou ao Fox News Sunday. "Estamos confiantes de que o povo iraquiano deseja que os Estados Unidos continuem lá para combater na campanha contra o terror. E continuaremos a fazer tudo o que precisamos para manter a América segura.”

Pressionado a dizer o que os EUA fariam se o parlamento iraquiano exigisse a saída das tropas, Pompeo se recusou a comentar a medida. "Teremos que avaliar o que faremos quando o governo iraquianos tomar a decisão", disse ele. “Mas o povo americano deve saber que tomaremos a decisão correta", afirmou.

Em uma entrevista ao programa "This Week", da ABC News, Pompeo foi questionado sobre o tweet do presidente Donald Trump na noite de sábado, 5, que se disse que poderia atacar 52 alvos iranianos, "alguns de alto nível e importantes para o Irã e a cultura iraniana", caso o país parta para uma retaliação à morte de Soleimani. Esses alvos e o próprio Irã, escreveu Trump, "serão atingidos muito rápido", acrescentando: "Os EUA não querem mais ameaças!". O tuíte de Trump foi condenado, com críticos argumentando que atacar alvos culturais seria um crime de guerra. Pompeo insistiu que os Estados Unidos "se comportariam legalmente" e "dentro do sistema".

“As administrações anteriores deixaram as milícias atirarem em nós e nós respondemos”, disse ele em “This Week.” “Dissemos ao regime iraniano: 'Basta'", afirmou Pompeo.

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