Thais Guimarães
O democrata Joe Biden foi o mais votado na Pensilvânia em uma das disputas mais acirradas da história do Estados Unidos da América, e assim, na tarde deste sábado (07) foi antecipadamente declarado presidente eleito dos EUA pelos meios de comunicação. No entanto, ainda é cedo para determinar um vencedor nessa eleição, uma vez que o atual presidente, o republicano Donald Trump, está acionando a Justiça para que sejam apuradas supostas irregularidades no processo eleitoral.
Em suas redes sociais, Trump contestou a projeção que aponta a vitória de Biden, chegando a declarar que foi o verdadeiro vencedor desta disputa. “Eu ganhei esta eleição, por muito”, declarou o atual presidente norte-americano.
Em comunicado oficial divulgado nesta tarde, Donald Trump afirmou que Biden não foi confirmado como vencedor em nenhum estado. Segundo ele, na Pensilvânia os fiscais da chapa republicana teriam sido impedidos de acompanhar a contagem dos votos.
“O simples fato é que essa eleição está longe de estar encerrada. Joe Biden não foi confirmado como vencedor de nenhum estado, muito menos dos estados altamente questionáveis, que terão recontagem obrigatória. Na Pensilvânia, por exemplo, nossos observadores legais foram impedidos de ter acesso para acompanhar o processo de contagem. Votos legais decidem quem é o presidente, não a imprensa”, diz a nota.
Assim, o presidente garantiu que na segunda-feira (09) sua equipe vai iniciar batalha judicial para, segundo ele, garantir a isonomia do processo eleitoral. “Começando na segunda-feira, nossa campanha vai começar a trabalhar nosso caso na Corte para garantir que as leis eleitorais sejam respeitadas completamente e que o vencedor por direito seja confirmado. O povo americano tem direito a uma eleição honesta. Isso significa contar todas as cédulas, e não contar nenhuma cédula ilegal”, consta no comunicado.
Vale lembrar que no ano de 2000, antes de George W. Bush se sagrar campeão houve uma batalha judicial sem precedentes, quando o democrata Al Gore judicializou o processo eleitoral. Assim, o resultado só saiu 37 dias depois do dia das eleições (7 de novembro), e Bush finalmente foi nomeado presidente.
Leia o comunicado de Trump na íntegra:
Todos nós sabemos o motivo de Joe Biden estar correndo para falsamente posar como vencedor, e o motivo de a mídia aliada estar tentando tanto ajudá-lo: eles não querem que a verdade seja exposta. O simples fato é que essa eleição está longe de estar encerrada. Joe Biden não foi confirmado como vencedor de nenhum estado, muito menos dos estados altamente questionáveis, que terão recontagem obrigatória. Na Pensilvânia, por exemplo, nossos observadores legais foram impedidos de acesso para acompanhar o processo de contagem. Votos legais decidem quem é o presidente, não a imprensa.
Começando na segunda-feira, nossa campanha vai começar a trabalhar nosso caso na corte para garantir que as leis eleitorais sejam respeitadas completamente e que o vencedor por direito seja confirmado. O povo americano tem direito a uma eleição honesta. Isso significa contar todas as cédulas, e não contar nenhuma cédula ilegal. Essa é a única maneira de garantir ao público confiança total em nossa eleição. Segue chocante que a campanha de Biden se recuse a concordar com princípios básicos e queiram cédulas contadas mesmo que sejam fraudulentas, manufaturadas, ou enviadas por eleitores inelegíveis. Só um partido engajado em transgressões poderia manter injustamente observadores fora das salas de contagem - e então lutar na corte para bloquear seus acessos.
Então, o que Biden está escondendo? Eu não vou descansar enquanto o povo norte-americano não tenha a contagem de votos que merece e que a democracia demanda.
Entenda o processo eleitoral
A 59ª eleição presidencial dos EUA foi realizada no último dia 03 de novembro, uma terça-feira. Entre fevereiro e agosto deste ano os partidos realizaram as primárias nos estados e territórios e logo após, cada agremiação designou seus candidatos através das convenções partidárias. O vencedor desta eleição será empossado no dia 20 de janeiro de 2021 para um mandato de quatro anos.
Votação por correios
Por conta da pandemia da covid-19, a opção de voto antecipado e por correios foi intensamente explorada, tanto que no mês de agosto a Câmara dos Representantes aprovou uma verba emergencial de US$ 25 bilhões para financiar o Serviço Postal.
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