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China aprova 'com condições' sua primeira vacina contra a covid-19

Imunizante produzido pela Sinopharm com o Instituto de Produtos Biológicos de Pequim tem eficácia de 79%.

A China anunciou que aprovou "com condições" a comercialização de uma primeira vacina contra o coronavírus, embora tenha especificado que cerca de cinco milhões de pessoas em risco já receberam algum tipo de imunização.

A primeira vacina, produzida pela Sinopharm com o Instituto de Produtos Biológicos de Pequim, é 79% eficaz, anunciou o grupo farmacêutico na quarta-feira.

Com estes resultados, a “Administração Nacional de Produtos Médicos aprovou no dia 30 de dezembro (...) o pedido de registro da vacina inativada Sinopharm (...) em caráter condicional”, anunciou Chen Shifei, alto funcionário do órgão, em entrevista coletiva. Ele especificou que o laboratório deve continuar os testes clínicos.

Na mesma entrevista coletiva, o vice-ministro da Saúde, Zeng Yixin, informou que a autorização para comercializá-la permite a generalização da vacinação de grupos de risco, como idosos e portadores de outras doenças crônicas. “A terceira etapa será vacinar toda a população”, afirmou.

Os responsáveis ​​não especificaram dados sobre a capacidade de produção chinesa, limitando-se a indicar que a vacinação será opcional no país de 1,4 bilhão de habitantes.

A China, onde o coronavírus apareceu no final de 2019, tenta estar na vanguarda global do desenvolvimento de uma vacina. No total, o país está realizando testes clínicos de 14 imunizantes em potencial - cinco em fase final de testes (fase 3) -, incluindo aquela que acaba de receber luz verde.

O presidente Xi Jinping prometeu tornar as vacinas chinesas um "bem público global". O país já começou a entregar doses para nações como Indonésia ou Emirados Árabes Unidos.

Na China, Zeng indicou que 3 milhões de pessoas em risco foram vacinadas desde 15 de dezembro, sem especificar quais vacinas foram utilizadas. Segundo ele, apenas algumas reações alérgicas leves foram encontradas, então as autoridades consideram que as vacinas podem ser generalizadas.

Pequim, que praticamente erradicou a epidemia de seu território, aplicou vacinas de emergência no verão passado (inverno no hemisfério Sul), principalmente para equipes médicas ou estudantes e diplomatas que precisam viajar para o exterior.

A taxa de eficácia da vacina da Sinopharm é inferior à reivindicada pelos concorrentes Pfizer/BioNTech (95%) e Moderna (94,1%).

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