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Agência reguladora da Europa autoriza uso da vacina de Oxford

Para ser usado, imunizante ainda precisa de aprovação da Comissão Europeia.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) recomendou nesta sexta-feira, 29, a aprovação da vacina da Universidade de Oxford e da AstraZeneca contra a covid-19 para pessoas com mais de 18 anos.

A União Europeia precisa urgentemente de mais doses para acelerar seu programa de inoculação com fornecedores como AstraZeneca e Pfizer, que enfrentam dificuldades em entregar as quantidades prometidas para os primeiros meses do ano.

A vacina da AstraZeneca deve ser aplicada apenas a pessoas com idades entre 18 e 64, devido à falta de dados sobre sua eficácia em idosos, disse o comitê de vacinas da Alemanha em um esboço da recomendação na quinta-feira. "Ainda não há resultados suficientes em participantes mais velhos (com mais de 55 anos) para fornecer uma panorama de quão bem a vacina funcionará neste grupo'', informou o órgão regulador.

A vacina é a terceira que recebeu sinal verde do bloco europeu, depois das produzidas pela Pfizer e Moderna. A decisão requer a aprovação final da Comissão Europeia, processo que ocorreu rapidamente com as demais vacinas.

Muitos países do continente têm lutado para vacinar pessoas rapidamente como fazem Estados Unidos, Israel e Reino Unido, e há muito se esperava a provação da vacina da AstraZeneca, o que se imagina que vá acelerar o processo.

A UE aposta fortemente na vacina, que é mais barata e mais fácil de controlar do que outras concorrentes. O bloco fez um pedido de 300 milhões de doses a serem entregues após autorização e tem a opção de comprar outras 100 milhões.

Pressão

Nesta semana, a União Europeia começou a investigar se as vacinas produzidas no bloco foram destinadas ao Reino Unido em meio à escassez nos países europeus. Na quarta, inspetores da agência de medicamentos da Bélgica, a pedido da Comissão Europeia, foram vistoriar uma fábrica da AstraZeneca, em Seneffe, a 40 quilômetros de Bruxelas. Eles recolheram documentos e agora vão apurar se as doses da UE teriam sido desviadas.

A blitz na fábrica foi feita após a empresa britânica divulgar, na semana passada, que não conseguiria cumprir seus contratos de entrega – 80 milhões de doses no primeiro trimestre. A AstraZeneca alegou problemas na produção, mas a explicação não convenceu a UE. A campanha de imunização do Reino Unido está hoje bem mais adiantada do que a do bloco europeu, o que tem pressionado os governos locais.

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