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Japão suspende entrada de estrangeiros para conter variante Ômicron

Com a decisão, o país restaura os controles de fronteira facilitados no início deste mês.

O Japão anunciou nesta segunda-feira, 29, que suspenderá a entrada de visitantes estrangeiros de todo o mundo à medida que a nova variante do coronavírus, a Ômicron, se espalha. O primeiro-ministro Fumio Kishida disse que a restrição entrará em vigor já nesta terça-feira, 30.

"Estas são medidas temporárias e excepcionais que estamos tomando até que haja informações mais claras sobre a variante Ômicron", disse Kishida, sem determinar uma data para o fim das restrições. Assim, o país restaurará os controles de fronteira que haviam sido relaxados no início deste mês para visitantes a negócios, estudantes e trabalhadores.

Assim como Estados Unidos, Brasil, Canadá, países da Canadá, Austrália, Coreia do Sul, Indonésia, Arábia Saudita e Tailândia, o Japão apertou as restrições de entrada para pessoas que chegam da África do Sul e oito outros países, exigindo que elas passem por um período de quarentena de 10 dias em instalações designadas pelo governo.

Embora o Japão não tenha detectado nenhuma infecção por Ômicron até o momento, o ministro da Saúde do país asiático, Shigeyuki Goto, afirmou que a pasta investiga se um viajante da Namíbia com teste positivo para covid foi infectado pela variante.

É possível que a variante Ômicron traga "graves consequências" em algumas regiões enquanto se espalha internacionalmente, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a seus 194 países membros. "O risco global geral relacionado à nova variante do é avaliado como muito alto", disse o órgão, alertando que o nível de gravidade da variante ainda é desconhecido.

"A Ômicron tem um número sem precedentes de mutações na proteína spike", continuou a agência global de saúde. "Casos e infecções por covid são esperados em pessoas vacinadas, embora em uma proporção pequena e previsível".

A variante foi identificada dias atrás por pesquisadores da África do Sul e ainda não se sabe muito sobre ela, incluindo se é mais contagiosa, mais provável de causar quadros graves ou com maior capacidade de escapar da proteção das vacinas. Porém, muitas nações se apressaram em agir para tentar evitar prolongar a pandemia que matou mais de 5 milhões de pessoas.

Israel, por exemplo, decidiu barrar a entrada de estrangeiros, e o Marrocos disse que suspenderia todos os voos de chegada por duas semanas a partir de segunda-feira - uma das mais drásticas de uma crescente quantidade de restrições de viagens que estão sendo impostas por nações ao redor do mundo enquanto lutam para reduzir a propagação da variante.

No Brasil, voos que tenham origem ou passagem pela África do Sul, Botsuana, Essuatíni, Lesoto, Namíbia e Zimbábue estão proibidos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também recomendou, neste sábado, 27, que Angola, Malawi, Moçambique e Zâmbia fossem incluídos na lista de países sujeitos a restrições.

Conforme a Portaria vigente, o viajante brasileiro procedente ou com passagem por algum desses países nos últimos quatorze dias antes do embarque, ao ingressar no território brasileiro, deverá permanecer em quarentena por quatorze dias na cidade do seu destino final.

Até o momento, casos da nova variante foram detectados na África do Sul, Reino Unido, Alemanha, Itália, Holanda, Dinamarca, Bélgica, Botsuana, Israel, Austrália e Hong Kong. A Áustria analisa um caso suspeito, enquanto o ministro da Saúde da França, Olivier Veran, admitiu que a cepa já deve estar em circulação no território francês. O governo do Brasil investiga um caso suspeito de um brasileiro que veio da África do Sul e testou positivo para a covid-19. Ele já tomou todas as doses da vacina e não apresentou sintomas.

Apesar do alarme, a OMS pediu para que as fronteiras permanecessem abertas. Em comunicado publicado pelo escritório regional do órgão na África, o órgão argumentou que as restrições, impostas por diversos países assim que surgiram as primeiras informações sobre a nova cepa, podem desempenhar um papel na contenção dos contágios, mas "representam um grande fardo para vidas e meios de subsistência".

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