Os Estados Unidos e o Irã estão pessimistas sobre a possibilidade de ressuscitar o acordo nucelar iraniano de 2015, cujo o país norte-americano se retirou em 2018. As informações são da Reuters e foram publicadas na Revista Oeste.
Conforme as informações, os diplomatas iranianos propuseram uma série de mudanças no texto para a retomada do acordo, mas os diplomatas ocidentais não concordaram com as mudanças. Sem participar de forma direta das negociações e com aliados como representantes, os Estados Unidos não querem retirar sanções econômicas para o Irã.
O Irã nega estar construindo uma bomba nuclear e afirma que trabalha com esse tipo de tecnologia apenas para melhorar a medicina e gerar energia. As negociações, no entanto, têm se tornado mais difíceis após a mudança na presidência do Irã, tendo em vista que o novo mandatário, Ebrahim Raisi, é conhecido por ser linha dura e tentar sustentar uma postura antiocidental.
Ainda de acordo com a Revista Oeste, alguns países ocidentais acreditam que a dificuldade para as negociações possam ser uma manobra do Irã em ganhar tempo para conseguir desenvolver uma bomba nuclear. O país teria interesse no artefato para gerar um equilíbrio de poder militar na região.
EUA saiu do acordo
O presidente Donald Trump deixou o acordo no ano de 2015 por acreditar que os pontos acordados não seriam suficientes para conter a ameaça nuclear do Irã. Desde então, o país enriqueceu 11 vezes mais urânio que o limite do acordo de 2015. As informações são do Wall Street Journal.
Enriquecimento de urânio
Da forma como urânio é encontrado na natureza não é possível gerar energia ou fazer armas nucleares. O metal precisa ser enriquecido em 5% para ser usado em usinas elétricas.
O Irã possuiria hoje cerca de 18 quilos de urânio enriquecido a 60%, sendo que o nível necessário para criar uma bomba nuclear seria 12 quilos de urânio enriquecido a 90%. Para jogar uma bomba nuclear, o país ainda teria que ter mísseis para transportar o artefato e tecnologia de fissão nuclear.
Estudiosos acreditam que essa seria uma possibilidade remota, mas detalham que o país poderia apenas espalhar material radioativo sem uma explosão nuclear.
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