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Reino Unido deve enviar mais soldados para lidar com crise na Ucrânia

O país deve duplicar tropas na Estônia e enviar mais aviões de combate e navios para a região.

O Reino Unido está disposto a enviar mil soldados a mais em caso de uma crise humanitária relacionada com as tensões na Ucrânia, anunciou nesta quarta-feira, 9, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que viajará nesta quinta-feira a Bruxelas e Varsóvia.

"A Aliança precisa deixar claro que existem certos princípios que não vamos comprometer", declarou Johnson em um comunicado, citando "a segurança de todos os aliados da Otan e o direito de qualquer democracia europeia aspirar à adesão à Otan".

Proibir a adesão da Ucrânia à aliança é uma das principais exigências de segurança do presidente russo, Vladimir Putin, na atual crise.

Em Bruxelas, Johnson deve se reunir com o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, e em Varsóvia com o presidente polonês, Andrzej Duda, e seu primeiro-ministro, Mateusz Morawiecki.

A proposta britânica para fortalecer a defesa da Otan inclui a duplicação de suas tropas na Estônia (atualmente cerca de 900 soldados), o envio de aviões de combate no sul da Europa e dois navios no Mediterrâneo oriental.

O Reino Unido anunciou esta semana o destacamento de mais 350 militares na Polônia, que se somam à centena de militares já presentes no país.

Forças russas continuam chegando à fronteira

Os Estados Unidos disseram também nesta quarta-feira, 9, que a Rússia continua reforçando seu contingente militar na fronteira com a Ucrânia, em um momento no qual a França afirma ter recebido garantias do Kremlin de que não haverá mais "escalada" da crise.

"Continuamos observando, incluindo nas últimas 24 horas, capacidades adicionais que chegam de outras partes da Rússia até a fronteira com Ucrânia e Belarus", disse o porta-voz do Pentágono, John Kirby, durante entrevista coletiva.

"Não vamos dar números concretos, mas continuam aumentando", acrescentou, ao indicar um total "superior a 100 mil" efetivos presentes neste momento. "Também vemos sinais de que outros grupos táticos estão a caminho", continuou o porta-voz do Departamento de Defesa americano.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, "continua fortalecendo suas capacidades militares" na região, enfatizou. "A cada dia ele se dá mais opções, a cada dia fortalece suas capacidades, a cada dia continua desestabilizando o que já é uma situação muito tensa."

O porta-voz lembrou que os Estados Unidos não têm intenção de realizar nenhuma operação na Ucrânia, país que não é membro da Otan, por isso os primeiros 3 mil soldados americanos enviados para "tranquilizar" os aliados do flanco oriental da Otan começaram a se deslocar para Polônia e Romênia.

Esse contingente teria capacidade de participar de operações de socorro se os cidadãos americanos que vivem na Ucrânia buscassem refúgio nesses países em caso de uma invasão russa, mas isso não deverá ser necessário, afirmou Kirby.

Os Estados Unidos advertiram há algumas semanas que não preveem retirar militarmente os americanos da Ucrânia como fizeram em Cabul, no Afeganistão, em agosto do ano passado.

Washington acusa Moscou de preparar uma invasão potencial em larga escala da Ucrânia em curto prazo, apesar de os funcionários americanos acreditarem que Putin ainda não tomou uma decisão sobre se passará ou não à ofensiva.

O chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, se reuniu na segunda-feira em Moscou com Putin, e na terça, em Kiev, com seu colega ucraniano, Volodmir Zelenski.

Macron garantiu que o presidente russo prometeu que não haverá uma "escalada" adicional, e Paris afirma que esta visita permitiu "avançar" para apaziguar a situação.

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