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Ucrânia diz que destruiu navio de guerra russo no Mar Negro

Navio atingido por um drone de combate ucraniano possuía sistemas de mísseis, afirma a Ucrânia.

A Ucrânia afirmou ter destruído um navio russo perto da pequena ilha das Serpentes, no Mar Negro. A declaração foi feita neste sábado, 7, mas não há informações do dia exato em que a destruição ocorreu. Moscou não confirmou a informação até o momento.

Segundo a Marinha ucraniana, o navio atingido era de desembarque do tipo Sernas e possuía dois sistemas de mísseis terra-ar que foram atingidos por um drone de combate chamado Bayraktar TB2, fabricado na Turquia. “O tradicional desfile da frota russa do dia 9 de maio deste ano será realizado perto da ilha das Serpentes, no fundo do mar”, ironizou o Ministério da Defesa ucraniano no Twitter.

Em vídeos divulgados pelo exército ucraniano é possível ver um navio atingido por uma explosão e depois em chamas.

Nesta semana, a Ucrânia já havia divulgado que seus drones afundaram dois barcos de patrulha russos perto da ilha da Serpente. Em abril, o país alegou ter derrubado o “Moskva”, um dos principais navios da Rússia no Mar Negro. A Rússia disse, por sua vez, que houve um incêndio acidental a bordo que causou o naufrágio.

Autoridades americanas também afirmam que o Moskva foi derrubado pelas forças ucranianas. Segundo eles, os Estados Unidos forneceram informações que ajudaram as forças ucranianas a localizar e atacar a embarcação. Essa colaboração é vista como mais um sinal de que o governo americano flexibiliza suas limitações autoimpostas sobre até onde irá para ajudar a Ucrânia a combater a Rússia.

O Sernas, que a Ucrânia alega ter destruído desta vez, é um navio de desembarque com 26 metros de comprimento e capacidade para 45 toneladas. Ele está armado com metralhadoras de calibre 7,62 mm e lançadores de mísseis Igla. Foi concebido para o desembarque de veículos de combate e unidades de assalto.

O local onde ele supostamente foi abatido, próximo a pequena ilha das Serpentes, é simbólico. A ilha das Serpentes passou a representar a resistência ucraniana depois que um grupo de guardas de fronteira rejeitou a ordem de rendição enviada pela Rússia do Moskva. Após a recusa, o Moskva bombardeou a ilha, os russos assumiram o controle dela e os militares ucranianos foram presos. Eles foram liberados posteriormente graças a uma troca de prisioneiros.

Conflitos em outras partes da Ucrânia

Os conflitos entre as tropas russas e ucranianas no Donbas, leste da Ucrânia, seguem neste sábado, 7, segundo o Estado Maior do exército da Ucrânia. O órgão indicou que a ofensiva acontece nas regiões separatistas de Donetsk e Lugansk, localizadas no Donbas, onde as tropas ucranianas conseguiram conter oito ataques.

No sul do país, a agência local de notícias “Ukrinform” afirmou que as tropas russas em Kherson, que está sob o controle da Rússia, se preparam para realizar a separação da região do restante da Ucrânia. Já em Mariupol, os conflitos seguem na siderúrgica Azovstal, em meio a retirada de mais 50 civis neste sábado, segundo fontes russas e ucranianas.

Nas instalações de Azovstal, estão refugiadas várias centenas de civis, além de um número indeterminado de combatentes da resistência da Ucrânia.

O presidente ucraniano Volodmir Zelenski orientou a população de Mariupol na noite desta sexta-feira, 6, para que tenham disciplina e sigam as instruções das autoridades e os alertas antiaéreos.

Já em Kiev, cerca de 5 mil militares atuam no patrulhamento da capital, segundo o prefeito, Vitali Klitschko. O objetivo do efetivo, segundo o líder político local, é evitar “provocações” por parte de agitadores e pró-russos, especialmente, no período entre amanhã e segunda-feira.

No dia 9 de maio é comemorado na Rússia, tradicionalmente, o Dia da Vitória sobre a Alemanha nazista, com a assinatura da Capitulação do Terceiro Reich, após a entrada do exército soviético em Berlin na 2ª Guerra.

O presidente russo, Vladimir Putin, fará, segundo está previsto, um discurso em Moscou.

As autoridades ucranianas acreditam que, nesta data, as tropas russas farão um desfile no centro de Mariupol, estratégica cidade portuária às margens do mar Negro, que está sob ataque desde 24 de fevereiro.

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