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EUA: acusado por 7 homicídios comprou armas após ser investigado

Autoridades acusaram oficialmente Robert Crimo III de ser o responsável por mortes no desfile 4 de julho.

Autoridades americanas acusaram nesta terça-feira, 5, o rapper Robert Crimo III de sete homicídios em primeiro grau na noite de terça-feira, 5, na primeira acusação oficial que coloca o jovem de 21 anos como autor do ataque a tiros durante o desfile de 4 de Julho em Highland Park, um subúrbio rico de Chicago. Em uma evolução do caso, a polícia afirmou que Crimo, até então uma “pessoa de interesse” na investigação, conseguiu comprar armas de fogo mesmo tendo sido investigado por ameaça.

De acordo com a polícia do Condado de Lake, o suspeito teria passado semanas planejando o ataque e se vestiu com roupas femininas para escapar do local sem chamar atenção das autoridades. Ele atirou 70 vezes contra as pessoas que acompanhavam o desfile patriótico, matando sete - a 7ª vítima morreu depois de ser socorrido - e ferindo dezenas.

O porta-voz da Força-Tarefa de Crimes Graves do Condado de Lake, Christopher Covelli, detalhou que Crimo conseguiu comprar cinco armas de fogo entre 2020 e 2021, incluindo o rifle semiautomático - que provavelmente foi a arma usada para atirar contra a multidão - apesar de ter sido alvo da polícia anteriormente.

Em 2019, policiais responderam a um chamado após uma denúncia anônima reportar que o jovem teria tentado suicídio. Meses depois, policiais voltaram a atender uma ocorrência na casa de Crimo, quando um familiar relatou que ele havia ameaçado “matar todo mundo”. Na segunda ocorrência, foi apreendida uma coleção de facas em posse do rapper.

Os novos detalhes acenderam um debate sobre a conduta das autoridades de Illinois, levantando dúvida sobre a aplicação das leis relativamente rígidas de controle de armas no Estado para impedir que Crimo as adquirisse nos anos seguintes.

Contudo, a Polícia do Estado de Illinois defendeu, em um comunicado, a decisão de conceder uma permissão para Crimo possuir uma arma, que ele solicitou em dezembro de 2019, três meses depois que a polícia tirou as facas de sua casa.

Na época, “não havia base suficiente para estabelecer um perigo claro e presente” para negar o pedido, disse a polícia estadual em comunicado.

Os investigadores que interrogaram o suspeito e revisaram suas postagens nas redes sociais não determinaram um motivo ou encontraram qualquer indicação de que ele visava vítimas por raça, religião ou outra condição específica, disse Covelli.

No início do dia, agentes do FBI vasculharam latas de lixo e debaixo de cobertores de piquenique enquanto procuravam por mais evidências no local. Os tiros foram inicialmente confundidos com fogos de artifício antes de centenas de pessoas fugirem aterrorizadas.

O advogado de Crimo, Thomas Durkin, um proeminente advogado de Chicago, disse que pretende entrar com uma declaração de inocência para todas as acusações.

Questionado sobre o estado emocional de seu cliente, Durkin disse que falou com Crimo apenas uma vez – por 10 minutos por telefone. Ele se recusou a comentar mais.

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