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Sobe para 41 o número de mortos em igreja incendiada no Egito

Perícias iniciais indicam que o acidente começou em um ar-condicionado no segundo andar do templo.

Subiu para 41 o número de pessoas mortas em um incêndio provocado por um curto-circuito durante a missa deste domingo, 14, em uma igreja cristã copta do Cairo, no Egito, informaram as autoridades do país árabe. A tragédia aconteceu em um templo do populoso bairro de Imbaba, a oeste do rio Nilo. Ao menos 14 pessoas ficaram feridas. O Egito tem uma minoria cristã que engloba cerca de 15% da população, majoritariamente muçulmana.

Testemunhas relataram que algumas pessoas tentaram entrar na igreja em chamas para resgatar as pessoas presas em seu interior, mas acabaram desistindo por conta do calor e da fumaça. “Os que podiam retiravam crianças do edifício”, disse Ahmed Reda Baiumy, que vive ao lado do templo.

As perícias iniciais indicam que o acidente começou em um ar-condicionado no segundo pavimento da igreja, onde também funcionam os serviços sociais. “A eletricidade estava cortada e estavam usando um gerador. Quando a eletricidade foi restabelecida, houve uma sobrecarga”, disse o padre Farid Fahmy, clérigo de outra igreja copta do mesmo bairro.

O presidente do país, Abdel Fattah al-Sisi, indicou em seu perfil do Facebook que havia ordenado mobilizar todos os serviços do Estado para o resgate das vítimas. Sisi também prestou condolências ao papa copta Tawadros II, líder da comunidade cristã do Egito desde 2012.

O governador de Gizé, em cuja jurisdição se encontra o distrito de Imbaba, se dispôs a entregar uma ajuda urgente de 50.000 libras egípcias [cerca de US$ 2.600] às famílias dos mortos e de 10.000 libras [US$ 520] aos feridos”.

O grande imã da Universidade de Al-Azhar, a instituição muçulmana de maior prestígio do Egito, ofereceu os hospitais da instituição para receber os feridos.

Drama corriqueiro

Acidentes deste tipo não são raros no Egito, que tem infraestruturas antigas. Em março de 2021, pelo menos 20 pessoas morreram no incêndio de uma fábrica têxtil nos subúrbios do leste da capital. Em

Embora sejam numerosos, os coptas se consideram marginalizados de muitos postos na função pública e se queixam de uma legislação muito rigorosa para construir igrejas, sem comparação com as facilidades encontradas para erguer uma mesquita.

O tema é sensível e o militante copta de direitos humanos, Patrick Zaki, ficou preso por 22 meses recentemente por “difundir informações falsas” em um artigo no qual denunciava a violação dos direitos dos cristãos no Egito.

Os coptas foram alvo de uma onda de ataques em 2013, quando grupos islamistas incendiaram igrejas, escolas e residências dessa comunidade em represália pela derrubada do então presidente islamista Mohamed Morsi por Sisi.

Desde então, Sisi comparece à missa de Natal dos coptas e, recentemente, nomeou pela primeira vez na história do Egito um juiz copta à frente do Tribunal Constitucional.

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