Soldados norte-coreanos enviados para a guerra na Ucrânia têm experimentado, pela primeira vez, acesso irrestrito à internet, levando a um aumento no consumo de pornografia online. A informação foi divulgada pelo jornalista britânico Gideon Rachman, principal comentarista de relações exteriores do Financial Times.
“Uma fonte geralmente confiável me disse que os soldados norte-coreanos enviados à Rússia nunca tiveram acesso irrestrito à internet antes. Como resultado, estão se fartando de pornografia”, publicou Rachman em seu perfil no Twitter/X.
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e o Pentágono confirmaram a presença de cerca de 10 mil soldados norte-coreanos na Rússia, concentrados majoritariamente na província de Kursk, próxima à fronteira ucraniana. O contingente estaria reforçando as tropas russas, que enfrentam dificuldades para repelir ataques ucranianos na região.
Apesar dos rumores, o Pentágono afirmou não poder confirmar os relatos. O porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA, Major Charlie Dietz, disse não ser possível verificar “nenhum hábito de internet ou atividades extracurriculares virtuais dos norte-coreanos na Rússia”. “Quanto ao acesso à internet, essa é uma questão melhor direcionada a Moscou”, acrescentou Dietz.
Embora o acesso à internet na Rússia tenha suas limitações, ele é consideravelmente mais aberto do que na Coreia do Norte, onde o governo impõe algumas das maiores restrições do mundo. No regime norte-coreano, assistir a pornografia é um crime punível com a pena de morte, com o líder Kim Jong-un ordenando que equipes especiais eliminem quem consome conteúdo adulto.
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