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Política

Advogado pede ao Ministério Público que apure mortes de bebês

Lúcio Tadeu ingressou com a representação após ouvir o relato da lavradora Rosalina da Silva Sousa.

O advogado Lúcio Tadeu, entrou nesta sexta-feira (26), no Ministério Público, com noticia crime, solicitando que seja determinado a instauração de um inquérito policial, para apurar as mortes de dois bebês, na barriga da lavradora Rosalina da Silva Sousa, 35 anos, casada, mãe de três filhos, residente na localidade Primeiro de Maio, no Município de José de Freitas.

A notícia crime foi entregue ao Promotor de Justiça, Écio Oto Duarte, no início da tarde de ontem. O advogado Lúcio Tadeu (foto)ingressou com a representação após ouvir o relato da lavradora Rosalina Sousa, sobre o que ela sofreu, quando procurou o Hospital Municipal Nossa Senhora do Livramento, na cidade de José de Freitas, na semana passada.

De acordo com a representação feita pelo advogado Lúcio Tadeu, ao Promotor Écio Oto, pedindo as providências, no mínimo, houve negligência no atendimento a paciente Rosalina Sousa, quando ela procurou o Hospital Nossa Senhora do Livramento, que era estadual e passou a ser administrado pelo Município.

Rosalina da Silva Sousa (foto) disse que se encontrava grávida de gêmeos e passou a fazer o seu pré-natal, no Hospital Nossa Senhora do Livramento, com o médico Marlúcio Fontes, sendo que no dia 19 deste mês (setembro), chegou naquele hospital, por volta das 10 horas, mas Marlúcio só chegou às 17 horas, embora a consulta tivesse sido agendada para as 10 horas.

Outro médico que se encontrava de plantão, não quis atender a paciente Rosalina, que esperou até às 17 horas, quando Marlúcio chegou e a consultou, constatando que a sua pressão arterial estava muito alta, e em razão disto, receitou um remédio para a pressão, que Rosalina tomou no próprio hospital.

A lavradora Rosalina Sousa relatou ao advogado Lúcio Tadeu que o médico Marlúcio Fontes, requisitou exame de sangue para ser entregue o resultado no dia 25 de setembro, sendo que o exame não deu para ser feito no mesmo dia, ficando agendado para o dia 20 (sábado). Rosalina afirma que no dia 20 amanheceu passando mal e uma ambulância foi chamada e lhe conduziu até o Hospital Nossa Senhora do Livramento.

Segundo a lavradora, que ainda está com a barriga e os pés inchados, ao chegar no hospital, o médico de plantão, identificado por Rodrigo, colocou ela na sala de isolamento em observação, fez o exame de toque e disse que os bebês não estavam na hora de nascerem.

Rosalina afirma que após o exame inicial, o médico saiu da sala deixando ela acompanhada da enfermeira conhecida por Dede, voltando cerca de 30 minutos depois e perguntou se ela havia melhorado, tendo a paciente respondido que continuava passando mal, quando então, o médico Rodrigo colocou o aparelho de sonar e depois afirmou que estava tudo bem com os bebês, na barriga dela (lavradora).

Rosalina relatou ainda ao advogado Lúcio Tadeu, que o médico Rodrigo após o segundo exame, saiu novamente da sala e recomendou que a enfermeira Dede colocasse soro nela (paciente). Dede após colocar o soro, saiu da sala, deixando Rosalina Sousa, sozinha, sendo que o soro acabou e caiu. Rosalina conta que gritou chamando a enfermeira, tendo a mesma retornado e transferido ela Rosalina para outra sala, onde permaneceu acompanhada de sua cunhada Francilene.

Rosalina disse que após 30 minutos que estava na outra sala, a bolsa rompeu com sangramento, quando então, sua cunhada chamou o médico, que fez novo exame de toque e depois mandou transferi-la imediatamente para a Maternidade Evangelina Rosa, em Teresina. A lavradora relata que durante o percurso para Teresina, passou a sentir fortes dores, e ao chegar na Evangelina Rosa, foi submetida a parto cesário, tendo sido constatado que os gêmeos já estavam sem vida.

O advogado Lúcio Tadeu pede na representação que todos os culpados no ocorrido, sejam responsabilizados penalmente.
 

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