De acordo com estatísticas de 1998 a 2007 a rejeição ao aborto cresceu 10 pontos percentuais, no entanto a prática de abortos provocados também cresceu.Segundo pesquisa do Datafolha realizada no ano passado, atualmente 87% da população condenam a interrupção da gravidez. Estudiosos acreditam que essa postura seja decorrente do amadurecimento dos debates sobre o assunto e da popularização das ultra-sonografias.PiauíConforme o médico obstetra da Maternidade Evangelina Rosa, Stanley Brandão, em Teresina pode se ter uma idéia do número de abortos através do número de curetagens praticadas na instituição, que já chegaram ao número de 816 de janeiro a abril, e 70% delas é causada por abortos praticados em casa. Isto representa mais de 570 casos.LegislaçãoNo Brasil o aborto é legalizado em caso de gravidez resultante de estupro e quando for necessário para salvar a vida da mãe. Fora destes casos, quem provoca o aborto está sujeito à pena de detenção de 1 a 3 anos.Em 2004, chegou ao Supremo Tribunal Federal uma ação que tornaria legal a interrupção da gravidez de fetos anencefálicos (sem cérebro), mas ainda não foi julgado o mérito da questão.Além disso a maioria das religiões e grupos como os movimentos Pró-Vida discordam da possibilidade, uma vez que para eles o aborto é um crime de assassinato e um atentado à dignidade humana, pois consideram a existência da vida a partir do momento da fecundação.Como ainda não é legalizado no país, muitas mulheres praticam o aborto de forma precária e sem acompanhamento médico, colocando a saúde em risco.
Ciência e Tecnologia
Aumenta o número de abortos provocados no estado do Piauí
O número de curetagens praticadas na Maternidade Evangelina Rosa já chega a 570Aviso: os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do GP1. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O GP1 poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os criterios impostos neste aviso.
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