O presidente Jair Bolsonaro reassumirá a partir desta sexta-feira, 13, a Presidência da República, afirmou o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, na manhã desta quinta-feira, 12. Bolsonaro se recupera no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, de uma cirurgia realizada no domingo para correção de uma hérnia incisional.
Segundo Rêgo Barros, no entanto, a decisão pode ser revista se necessário. “Se nós identificarmos, com a equipe médica, algum inconveniente para que o presidente da República exerça seu cargo com efetividade, nós vamos entender naturalmente que possa haver uma postergação”, disse o porta-voz em uma entrevista coletiva. Até esta quinta, o presidente em exercício é o general Hamilton Mourão.
Rêgo Barros confirmou também que está mantida a viagem do presidente para Nova York, onde ele falará na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
Quando questionado sobre como Bolsonaro acompanhou na quarta-feira as notícias sobre a demissão do ex-secretário da Receita Federal, Marcos Cintra, Rêgo Barros foi evasivo e afirmou que “o presidente acompanha, por meio de seus assessores, assuntos primordiais para a concepção da Presidente da República”.
Recuperação
O boletim médico de Bolsonaro, divulgado também nesta quinta, informou que ele permanece com sonda nasogástrica e alimentação diretamente na veia. Segundo o documento, o presidente tem “evolução clínica favorável, sem dor, afebril e com recuperação progressiva dos movimentos intestinais”. Ele mantém fisioterapia respiratória e motora e as visitas continuam restritas.
Durante a coletiva, o médico responsável pela cirurgia de Bolsonaro, Antônio Macedo, disse que os exames clínicos do presidente estão estáveis e que a sonda nasogástrica deve ser retirada entre hoje e amanhã.
Na noite de terça-feira, a dieta líquida de Bolsonaro foi suspensa e ele passou a ter alimentação diretamente na veia, depois que a equipe médica precisou introduzir uma sonda nasogástrica para retirar o excesso de ar e aliviar uma distensão abdominal do presidente.
Macedo explicou que Bolsonaro teve uma “paralisação” do intestino, conhecida como íleo paralítico, e ressaltou que isso é comum em cirurgias de grande porte e que o presidente apresentou o mesmo quadro em cirurgias anteriores, em 12 de setembro de 2018 e em 28 de janeiro de 2019.
O procedimento cirúrgico a que Bolsonaro foi submetido no domingo foi o quarto após ele ter sido esfaqueado há um ano, durante a campanha eleitoral, em Juiz de Fora, no interior de Minas Gerais.
A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, estão em São Paulo como acompanhantes e dormem no hospital. Já o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) fazem visitas ao pai. Na segunda-feira, Jair Bolsonaro recebeu também a visita do presidente em exercício, general Hamilton Mourão.
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