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Boris Johnson tem alta, mas não volta a comandar o Reino Unido

Seguindo recomendação médica, primeiro-ministro britânico fará recuperação da covid-19 em sua casa de campo em Chequers.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, recebeu alta neste domingo, 12, do Hospital St Thomas, no centro de Londres, onde estava internado desde domingo passado. A informação foi divulgada há pouco por Downing Street, o endereço oficial do governo local. O premiê continuará o período de recuperação de sua saúde em Chequers, residência de campo oficial do primeiro-ministro britânico.

A conselho de sua equipe médica, Johnson não retornará ao trabalho. Quem está no comando do país desde 7 de abril é o primeiro secretário de Estado, Dominic Raab. O primeiro-ministro fez questão de agradecer a todos em St Thomas pelo “brilhante cuidado que recebeu”. “Seus pensamentos estão com aqueles que foram afetados por esta doença."

Johnson, de 55 anos, foi o primeiro líder mundial a declarar que estava infectado com o coronavírus, no dia 27 de março, quatro dias depois de a quarentena começar oficialmente no país. Na ocasião, ele se autoisolou por causa da Covid-19 e disse que continuaria à frente das decisões britânicas com a ajuda de meios tecnológicos, mas por causa da persistência dos sintomas foi levado ao hospital no domingo passado, no momento em que a rainha Elizabeth II fazia sua declaração extraordinária ao país sobre o vírus.

Na segunda-feira, ele foi encaminhado à Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) por causa de complicações em seu quadro de saúde. Ele apresentava dificuldades respiratórias e recebeu oxigênio, mas não chegou a usar um ventilador mecânico.

Neste domingo, autoridades informaram que a Inglaterra teve 657 mortes pela Covid-19 nas últimas 24h, dos quais 42 pacientes que não possuíam comorbidades. O total de falecimentos chega a 9.594.

A avaliação do governo é a de que o pico da doença no país esteja cada vez mais perto. Há temores de que o número de casos e de mortes no Reino Unido possa ultrapassar o da Itália e da Espanha, os países mais afetados até o momento na Europa. A quarentena iniciou em solo britânico há três semanas e havia a perspectiva de que uma avaliação sobre seu resultado fosse divulgado nesta segunda.

Com a piora de saúde de Johnson, a análise foi suspensa, mas o Executivo é obrigado a mostrar sua avaliação ao Parlamento até o dia 19. Os ministros já falam informalmente que o confinamento se estenderá até pelo menos maio e porta-vozes da área da saúde não descartam a possibilidade de haver extensão até julho.

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