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Teresina - Piauí

Comandante da PM não comemora redução da violência no Piauí

“Nós não aceitamos, nem comemoramos, porque achamos que morreu muita gente. 600 pessoas para um estado como o nosso é muita gente", disse o coronel Carlos Augusto.

Em entrevista ao GP1 nesta quinta-feira (03), o comandante geral da Polícia Militar do Piauí, coronel Carlos Augusto comentou os dados do 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados pelo Fórum Nacional de Segurança Pública. Os números apontam o Piauí como o estado com menor número de mortes no Nordeste, e o quarto mais seguro do Brasil, empatado com Minas Gerais.

De acordo com os dados, o estado possui uma taxa de 20,8 mortes por 100 mil pessoas em 2015. Segundo o coronel, esses números diminuíram após o aumento da ação da polícia do Piauí. “Nós tivemos um momento muito difícil no Piauí entre 2010 e 2014, onde o crime de homicídio, por exemplo, cresceu 154%. Em 2015, iniciamos um trabalho de fortalecimento das polícias nos bairros da cidade e também nas divisas do nosso estado”, disse.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Comandante Geral Carlos AugustoComandante Geral Carlos Augusto

“Isso possibilitou no nosso estado a redução de 19,5 no número de homicídios no Piauí. Morreram 84 pessoas a menos em 2015 do que em 2014. Isso significa que nós conseguimos controlar esse tipo de crime”, declarou o comandante.

Segundo o comandante da PM, a queda dos índices de violência não são em si um motivo para se comemorar. “Nós não aceitamos, nem comemoramos, porque achamos que morreu muita gente. 600 pessoas para um estado como o nosso é muita gente. No Brasil, morreram quase 60 mil pessoas vítimas de homicídio. Vivemos em um país violento, onde a segurança pública deve ser repensada, desde a legislação, o modelo, a forma de financiamento da segurança pública. Temos um bom efetivo, mas precisamos fazer mais. Mesmo com a redução nos números, achamos que ainda não é o suficiente. A população ainda está com medo”, enfatizou o coronel Carlos Augusto.

Diminuição dos índices de violência

Em 2014, o Piauí aparecia como o quinto mais seguro, com 23 mortes por 100 mil habitantes, e Minas Gerais, o quarto colocado, com 21,3 mortes por 100 mil. De 2014 para 2015, houve a redução de 9,4% do número na taxa de mortes violentas letais por cem mil habitantes. As estatísticas são referentes a homicídios dolosos, latrocínios e mortes com algum tipo de intervenção.

Números do Brasil

As unidades federativas que ficaram com as melhores colocações foram São Paulo, como o estado mais seguro do país, com apenas 11,7 mortes por 100 mil habitantes, depois Santa Catarina e Roraima, com taxas de 14,3 e 18,2, respectivamente. Enquanto isso, os três Estados mais violentos do Brasil estão no Nordeste. São eles: Sergipe, com 57,3; Alagoas, com 50,8; e Rio Grande do Norte, com registro de 48,6 de mortes violentas e intencionais por 100 mil pessoas.

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