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Economia e Negócios

Copom do Banco Central reduz taxa de juros para 6% ao ano

Depois de 16 meses de estabilidade, decisão do Copom foi unânime; Selic está no nível mais baixo da história.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortou a Selic, a taxa básica de juros, em 0,50 ponto porcentual, para 6% ao ano, nesta quarta-feira, 31. Depois de 16 meses de estabilidade, decisão do Copom foi unânime.

Com a inflação sob controle e a aprovação da reforma da Previdência em primeiro turno na Câmara, a maior parte do mercado financeiro já dava como certa a redução da taxa, que já estava no nível mais baixo da história - a dúvida era apenas quanto ao tamanho do corte, se seria 0,25 ou de 0,50 ponto porcentual.

Em sua reunião de junho, o Copom já havia indicado que, caso a Previdência avançasse na Câmara, a Selic poderia cair. Isso porque a aprovação da reforma abre espaço para um reequilíbrio das contas públicas, reduzindo o risco de a inflação voltar a acelerar.

O Copom se reúne a cada 45 dias para definir a Selic com o objetivo de buscar o cumprimento da meta de inflação fixada pelo Conselho Monetário Nacional(CMN). Para 2019, a meta central de inflação é de 4,25%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para cima ou para baixo (ou seja, o índice pode ficar entre 2,75% e 5,75%).

Quando a inflação está alta ou indica que vai ficar acima da meta, o Copom eleva a Selic. Com isso, os juros bancários tendem a subir, freando o crédito e o consumo. Assim, a inflação costuma cair.

Os dados mais recentes, porém, mostram que a inflação segue acomodada no Brasil. Para completar, a atividade econômica continua fraca. Em junho, o BC já havia alertado que o processo de recuperação da atividade foi interrompido.

A redução dos juros, porém, não tem efeito imediato na economia. “Do começo da crise até agora, o Brasil já derrubou a Selic de 14,25% para 6,5% ao ano e a economia está praticamente parada. E 0,25 ponto ou 0,50 ponto não vai mudar as coisas”, afirma a economista-chefe do XP Investimentos, Zeina Latif.

Queda também nos Estados Unidos

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) anunciou nesta quarta a redução dos juros no país em 0,25 ponto porcentual, baixando a taxa básica para a faixa entre 2% e 2,25%. É a primeiro corte feito pelo Fed desde a crise de 2008. O presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que a decisão foi um "ajuste no meio de um ciclo" da política monetária.

Segundo ele, foram considerados fatores como crescimento global modesto, comércio e inflação contida. "Sem dúvida há um aspecto de seguro na decisão de cortar juros", declarou, pontuando que o crescimento no exterior desapontou, especialmente na zona do euro e na China.

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