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Teresina - Piauí

CRM faz vistoria e alerta sobre caos na Maternidade Evangelina Rosa

Entre os problemas na estrutura, eles encontraram obras paralisadas por falta de pagamento, lixo a céu aberto próximo ao estacionamento, assim como infiltrações.

Lucas Dias/GP1 1 / 5 Maternidade Evangelina Rosa Maternidade Evangelina Rosa
Divulgação/Ascom 2 / 5 Vistoria na Maternidade Dona Evangelina Rosa encontrou vários problemas Vistoria na Maternidade Dona Evangelina Rosa encontrou vários problemas
Divulgação/Ascom 3 / 5 Materiais encontrados na maternidade Dona Evangelina Rosa Materiais encontrados na maternidade Dona Evangelina Rosa
Divulgação/Ascom 4 / 5 Vistoria na Maternidade Dona Evangelina Rosa Vistoria na Maternidade Dona Evangelina Rosa
Divulgação/Ascom 5 / 5 Materiais encontrados na Maternidade Dona Evangelina Rosa Materiais encontrados na Maternidade Dona Evangelina Rosa

Representantes do Conselho Regional de Medicina do Piauí (CRM-PI) e o Ministério Público do Estado realizaram na quinta-feira (23) uma vistoria na Maternidade Dona Evangelina Rosa onde encontraram diversas irregularidades e alertaram sobre a saída de 140 profissionais da saúde, o que geraria um grande caos na unidade de saúde.

Entre os problemas na estrutura, segundo o CRM, foram encontradas obras paralisadas por falta de pagamento, lixo a céu aberto próximo ao estacionamento, assim como infiltrações, até mesmo nas áreas que foram reformadas e ainda constataram a não implantação de um grupo gerador para suportar as novas UTIs materna e neonatal, entre outras coisas.

A médica Ana Cláudia Costa Araújo participou da vistoria e alertou sobre problemas na gestão de pessoal, já que cerca de 140 profissionais estão prestes a perderem os empregos, pois eles são todos oriundos de testes seletivos. Eles ingressaram em 2016, tiveram o contrato renovado em 2018, portanto não existe mais a possibilidade de prorrogação dessa contratação, o que significa que a Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi) teria que fazer novas contratações, senão a situação geraria um grande caos.

Além disso a médica disse que o governo não cumpriu os pedidos para a realização de concurso público para regularizar as contratações. Ana Cláudia disse que a situação é preocupante, já que nessa saída dos profissionais estão 38 pediatras, sendo que levantamentos anteriores já mostravam a necessidade de contratação de pelo menos 58 pediatras.

Outro ponto é a paralisação da reforma da UTI materna e UTI infantil, por falta de pagamento, assim como a não implantação de um grupo gerador para atuar nessas unidades de terapia intensiva. “É preciso que a maternidade resolva urgente esses problemas para a construtora voltar a trabalhar, fora a questão do pagamento. O projeto arquitetônico da reforma não obedece às normas da RDC 50, que são as normas que regem as reformas nas estruturas físicas dos estabelecimentos de saúde. Além disso, os gestores não fizeram um projeto de prevenção e combate de incêndios, e com isso o Corpo de Bombeiros não concederá o alvará de funcionamento da instituição”, afirmou a médica Ana Cláudia.

Na vistoria também foi constatada que a empresa responsável pela manutenção das incubadoras paralisou os serviços por falta de pagamento. Com isso, algumas incubadoras estão abandonadas junto com outros materiais descartados da obra. Com as chuvas, foram encontradas várias infiltrações, inclusive de setores que já haviam passado por reforma. Na sala do diretor clínico, foram encontrados documentos sendo molhados por infiltração no teto.

Outro lado

O GP1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Maternidade Dona Evangelina Rosa, nesta sexta-feira (24), que divulgou uma nota sobre o caso, confirmando a paralisação das obras, mas destacando que os repasses estão sendo feitos corretamente.

Confira a nota na íntegra:

A Maternidade Dona Evangelina Rosa esclarece que o prédio está em reforma há 10 meses. Com as benfeitorias realizadas até agora, os avanços são visíveis em todo o hospital. No entanto, a execução da obra é feita com o hospital em funcionamento, o que impõe uma logística diferenciada e isto também impacta no ritmo dos serviços.

Em relação ao pagamento dos construtores responsáveis pela obra, a Maternidade reitera que os repasses estão rigorosamente em dia e que a paralisação parcial dos serviços se deram, somente, para adequação de um espaço provisório para absorver a demanda da alta complexidade, sem riscos para os pacientes.

Já sobre realização de concurso público, a SESAPI e SEADPREV estão tratando da questão visando o atendimento da demanda atual e futura, que surgirá com a conclusão do novo prédio, cuja obra está em plena execução e cumprindo rigorosamente o cronograma.

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