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Bom Jesus - Piauí

Duas pessoas são presas acusadas de grilagem de terra em Bom Jesus

A ação foi desencadeada pelo Ministério Público do Piauí, através do Grupo Especial de Regularização Fundiária e de Combate à Grilagem (Gercog).

O Ministério Público do Piauí, através do Grupo Especial de Regularização Fundiária e de Combate à Grilagem (Gercog), em conjunto com o Interpi e a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar), realizou uma operação nessa quinta-feira (27), no município de Bom Jesus, que terminou com duas pessoas presas, acusadas de desmatamento, grilagem de terras, trabalho escravo, desmate sem licença ambiental, associação criminosa e posse ilegal de arma de fogo.

De acordo com informações do promotor Maurício Gomes, a operação teve como objetivo o combate à invasão de terras públicas. “ A operação que se realizou ontem em Bom Jesus visou efetivamente combater uma invasão de terras, com potencial sobra de área pública por pessoas não autorizadas que se deslocaram até a área, realizaram desmate ilegal sem nenhum licenciamento ambiental, com uso de maquinário pesado desmataram cerca de 3 mil hectares”, contou.

  • Foto: Divulgação/PM-PIOperação prendeu duas pessoas em Bom JesusOperação prendeu duas pessoas em Bom Jesus

“Essa área já estava sendo monitorada pelo Interpi, e se constatou por satélite essa atuação, então o Interpi entrou em contato com o Ministério Público pelo Grupo de Atuação Especial de Combate a Grilagem e Regularização Fundiária que acionou a Semar bem como a Polícia Militar e nós, em uma operação conjunta institucional, deslocamos até a área e foram constatados indícios dessa realidade e as pessoas foram efetivamente autuadas”, relatou o promotor.

Ainda de acordo com o membro do Ministério Público, foi constatado um grande desmate com uma tentativa de invasão de potencial área pública para fins de futura regularização para.

  • Foto: Divulgação/PM-PIÁrea desmatadaÁrea desmatada

O promotor fez questão de destacar o trabalho realizado por todas as instituições. “A atuação do Interpi foi fundamental, assim como da Semar que adotou todas as providências cabíveis como embargar a área, apreender maquinário, tratores, ônibus, gerador e da PM que da mesma forma teve uma atuação excepcional prestando todo apoio logístico de segurança porque havia cerca de 15 a 20 pessoas no local garantindo que a operação corresse com tranquilidade e segurança sem a utilização do Poderes Judiciário o que foi um sucesso”, ressaltou.

“Foram flagradas e encaminhadas para a Delegacia de Polícia de Bom Jesus duas pessoas que foram identificadas como responsáveis, que estariam, em tese, mantendo outros trabalhadores em trabalho escravo porque no local não tinha sequer um banheiro para os trabalhadores, eles não tinham um refeitório, dormiam amontoados dentro de um ônibus, isso é uma condição degradante, desumana, por isso se caracteriza o trabalho escravo, da mesma forma o desmate sem licença ambiental, a questão da área pública e a associação criminosa foi sugerida à autoridade policial”, declarou o representante o MP.

  • Foto: Divulgação/PM-PIônibus onde os trabalhadores dormiamônibus onde os trabalhadores dormiam

A partir de agora a Delegacia Regional de Bom Jesus ficará à frente da apuração criminal e ao concluir o inquérito será encaminhado ao Ministério Público para adoção das providências criminais cabíveis quanto aos responsáveis.

“O que é interessante frisar é essa parceria institucional que só tende a dar frutos e quem ganha com isso é o estado, é o produtor rural que efetivamente quer produzir, combater a grilagem, ao especulador que é aquele que quer invadir área pública para depois comercializar”, finalizou.

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