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Empresário diz ser dono de R$ 51 milhões atribuídos a Geddel

O empresário baiano afirma ser dono do dinheiro encontrado em um apartamento em Salvador e atribuído ao ex-ministro Geddel Vieira Lima.

Nove meses após a Polícia Federal (PF) apreender R$ 51 milhões em um apartamento em Salvador, atribuídos aos irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima, um empresário baiano reivindicou a propriedade do dinheiro. A apreensão foi feita na operação denominada “Tesouro Perdido”.

Enquanto a Procuradoria-Geral da República acredita que o dinheiro tenha sido recebido por meio de propinas da construtora Odebrecht, Carmerino Conceição de Souza acredita que os R$ 51 milhões pertencem a ele e seria uma parte dos R$ 65 milhões que ele teria repassado a um intermediário de Geddel.

  • Foto: Divulgação/Polícia FederalDinheiro encontrado em apartamento que seria utilizado por GeddelDinheiro encontrado em apartamento que seria utilizado por Geddel

Segundo o empresário, ele teria entregue o dinheiro para receber em troca uma carta-fiança da Caixa Econômica Federal no valor de R$ 110 milhões junto ao BNDS. Carmerino teria acertado pessoalmente com o ex-ministro, que na época era vice-presidente de pessoa jurídica da Caixa, mas não recebeu a contrapartida de Geddel.

O dinheiro teria sido entregue por seu sócio entre os meses de outubro e dezembro de 2015 na superintendência de Pessoa Jurídica na Bahia em mais de dez repasses. Geddel foi exonerado do cargo que ocupava na Caixa em 2013.

“No total foram 225 envelopes cheios de notas de R$ 50 e R$ 100, guardados em 19 malotes”, afirmou Carmerino, que acredita ainda que as imagens das câmeras de segurança do banco possam ajudar a resolver o dilema. “De qualquer forma, deve ter imagem de câmeras de segurança mostrando as entregas dos malotes. Já pedi isso à Caixa, mas eles não me atendem. Quando chego lá, parece que sou um fantasma”, afirmou.

Carmerino nega que o dinheiro tenha sido pagamento de propina e acredita que Geddel, que já conhece há 20 anos, não agiu de má fé. “Não tem por que pagar propina. Dei o dinheiro para receber a aplicação”, afirmou. “Se ele guardou esse dinheiro, é porque não tinha nenhuma maldade”, afirmou.

O empresário baiano é o presidente do grupo Polocal, que reúne mais de 30 empresas em 19 estados, com cerca de 300 funcionários. De acordo com Carmerino, as atividades do grupo, que vão de manutenção predial à venda parcelada de veículos, faturam anualmente R$ 300 milhões.

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