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Saúde

Espanha tem 812 mortes por Covid-19 em 24 horas e endurece o confinamento

7.340 pessoas morreram pela doença no país; número de casos saltou de 78,8 mil no domingo para mais de 85,1 mil.

A Espanha teve 812 mortes por Covid-19 nas últimas 24 horas, divulgou o Ministério da Saúde do país nesta segunda, 30. O número é levemente menor que os dos últimos dois dias: no sábado, o país havia registrado 832 mortes, e no domingo, o número mais alto até então com 838 mortes.

Ao todo, 7.340 pessoas morreram por Covid-19 no território espanhol. O número é o segundo maior no mundo, atrás apenas da Itália - que teve 10.779 mortes, segundo o Ministério da Saúde italiano.

Nesta segunda, o número de infecções pelo novo coronavírus chegou a 85.195 na Espanha, 6.398 a mais do que as registradas até domingo, quando havia 78.797 casos. A quantidade de registros da doença na Espanha é a quarta maior do mundo - atrás de Estados Unidos, Itália e China.

A tendência de aumento do número de mortos por coronavírus nos últimos dias levou o Governo espanhol a endurecer o confinamento dos 47 milhões de espanhóis. O primeiro-ministro Pedro Sánchez anunciou que neste domingo será aprovada, por um Conselho de Ministros extraordinário, a limitação total de movimentos, salvo dos trabalhadores de atividades essenciais.

A medida estará vigente entre segunda-feira e 9 de abril. O Governo havia resistido a tomar essa decisão, apesar dos crescentes pedidos da oposição e de seus aliados, devido ao impacto econômico que ela terá. De fato, os empresários a receberam com apreensão. Sánchez aumentou também a pressão sobre a União Europeia (UE), exigindo “decisões corajosas e contundentes”.

O confinamento da população ocorre após a Espanha ter superado os 78 mil contágios pela Covid-19. Os aliados de Sánchez, incluindo o Unidas Podemos (UP, de esquerda), pressionavam para que fossem adotadas medidas mais drásticas.

O Executivo iniciou a semana hesitando em endurecer ainda mais a restrição de movimentos, mas mudou após ver como a cifra de mortos disparava nas últimas 48 horas. O objetivo é reduzir, durante as próximas semanas, a mobilidade aos níveis existentes nos fins de semana, mas que aumenta nos dias de trabalho.

O decreto que impôs o estado de alarme enumerava uma lista de atividades que podiam permanecer operativas. A ordem permitia que permanecessem abertos estabelecimentos varejistas de alimentação, bebidas, produtos e artigos de primeira necessidade; farmacêuticos, médicos, óticas e produtos ortopédicos e higiênicos; gráfica e papelaria; combustível para veículos automotores; equipamentos tecnológicos; comércio pela Internet, telefônico ou por correspondência; tinturarias e lavanderias. Todas as demais atividades ficavam suspensas.

Fontes do Governo entendem que as empresas que operam para fornecer esses serviços são as únicas que poderão continuar funcionando até 9 de abril. Entre elas, estão as atividades relacionadas com o setor primário, como agricultura, pesca, produtos alimentícios, fabricação de roupa de trabalho, produtos farmacêuticos, transporte e distribuição de todos os produtos considerados básicos. Qualquer atividade que envolva teletrabalho também poderá ser mantida.

Sánchez afirmou, em anúncio transmitido por vídeo, que durante os dias em que for aplicada essa permissão os trabalhadores “continuarão recebendo seu salário com normalidade”. Quando terminar a situação de emergência sanitária, os empregados recuperarão as horas de trabalho não prestadas de maneira paulatina.

A redução extrema da mobilidade estará vigente praticamente até que o atual prazo do estado de alarme acabar, em 11 de abril, como aprovou o Congresso dos Deputados na madrugada da quinta-feira.

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