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Famílias vivem em condições sub-humanas no município de Betânia no Piauí

Com maioria de analfabetos, o local não desperta o interesse de políticos.

Imagem: AscomFamílias vivem em condições sub-humanas no município de Betânia(Imagem:Ascom)Famílias vivem em condições sub-humanas no município de Betânia
Imagem: AscomAs famílias se sustentam apenas com o Bolsa Família, do Governo Federal, que mal dar para comprar comida todo dia. (Imagem:Ascom)As famílias se sustentam apenas com o Bolsa Família, do Governo Federal, que mal dar para comprar comida todo dia.
Imagem: AscomO deputado percebeu que os únicos benefícios que os moradores receberam foram a energia, através do Programa Luz para Todos, e o Bolsa Família.(Imagem:Ascom)O deputado percebeu que os únicos benefícios que os moradores receberam foram a energia, através do Programa Luz para Todos, e o Bolsa Família.
Um lugar desolador e desumano. Essa é a descrição do deputado estadual, Paulo Martins, com relação a comunidade Meia Serra, no município de Betânia do Piauí, onde o parlamentar visitou no final de semana passado. O povoado, que está localizado numa região serrana do semi-árido piauiense, abriga 28 famílias que vivem em condições precárias, empurrando-as para baixo da linha da pobreza.

Com maioria de analfabetos, o local não desperta o interesse de políticos. Apesar de ter um clima agradável e terras aparentemente produtivas, os moradores da comunidade não desenvolvem nenhuma atividade que possa gerar renda, talvez porque não são incentivados. As famílias se sustentam apenas com o Bolsa Família, do Governo Federal, que mal dar para comprar comida todo dia.

Nesse lugar, o deputado Paulo Martins encontrou a família Carvalho, talvez a mais miserável do local. De longe o deputado viu um casebre, que ao se aproximar viu sair senhor Lourival Carvalho, sua esposa Osvaldina Carvalho, grávida de sete meses, e seus seis filhos menores, (Valdinalva, Valdineide, Josevan, Franciel, Josevaldo e José Carvalho).

Impressionado com as condições de vida daquela gente, o parlamentar começou a perguntar e deles ouviu a resposta de que há nove anos moram no casebre, que só tem um cômodo, com aproximadamente sete metros quadrados, onde todos dormem, ou tentam. (Uns em cima do resto de cama, cujo colchão recolheram no lixão, e os outros no chão mesmo de terra batida).

O deputado percebeu que os únicos benefícios que os moradores receberam foram a energia, através do Programa Luz para Todos, e o Bolsa Família. Estudar não podem, porque não tem escola; banhar e beber é difícil, porque água só quando o carro-pipa passar e isso aconteceu a ultima vez há seis dias. “Moço aqui é ruim pra viver. Nós só ‘vive’ porque ‘somo teimoso’”, disse Lourival.

Paulo Martins disse que vai encaminhar um requerimento à Caixa Econômica Federal, solicitando a inclusão da comunidade Meia Serra na lista beneficiadas com o programa de Habitação Rural e, acompanhado do vice-prefeito de Betânia Eraldo Portela, pedir soluções ao prefeito do município, José Evangelista. “Estou muito triste com que vi. Fiquei impressionado com as condições sub-humanas que esse povo vive. É preciso que o Estado atue muito forte aqui”, analisou o deputado.

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