Concorrentes de mercado, as farmacêuticas AbbVie, Amgen e Takeda anunciaram nesta segunda-feira, 3, o início de teste em pacientes para checar se medicamentos existentes de cada uma delas podem ser reaproveitados no tratamento de pessoas com covid-19.
A pandemia do novo coronavírus é um “momento de todas as mãos na massa”, disse o pesquisador e chefe de desenvolvimento da Amgen, David Reese. "Queríamos que um teste pudesse peneirar rapidamente vários agentes”, afirmou.
Funcionários das empresas explicaram que o Otezla pode suprimir inflamações ocasionadas por uma resposta imune exacerbada. O Firazyr pode ajudar a limitar o líquido nos pulmões e o cenicriviroc bloqueia a atividade de algumas células do sistema imunológico, o que pode reduzir a gravidade do desconforto respiratório agudo causado pelo coronavírus.
Os remédios estão sendo administrados em combinação com o antiviral remdesivir, da farmacêutica Gilead, e do corticoide dexametasona. Segundo Laura, ambos têm ação comprovada em testes rigorosos sobre pacientes de covid-19 e são considerados o tratamento convencional para a doença. Um grupo controle de pacientes receberá apenas a dexametasona e o remdesivir.
Testes de medicamentos contra coronavírus em andamento
Hospitais testaram outras drogas anti-inflamatórias em pessoas com o novo coronavírus, incluindo o Kevzara, da Regeneron, e o Actemra, da Roche. Os dois remédios para artrite não tiveram eficácia comprovada. A farmacêutica Roche continua a testar o Actemra em combinação com o remdesivir.
O Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos está estudando o remdesivir em combinação com o Olumiant, um medicamento para artrite vendido pela empresa Eli Lily. Os resultados saem em setembro.
"Há um grande número de ensaios que, para cheios das melhores intenções, foram iniciados em todo o mundo. Mas muitos desses são pequenos e não fornecerão respostas definitivas”, apontou Reese, da Amgen.
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