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Itaueira - Piauí

Justiça manda prender prefeito Quirino Avelino, empresários e secretário

Os mandados de prisão foram expedidos pelo Tribunal de Justiça no bojo da Operação Perpetuatio, mas até o momento apenas um empresário foi localizado e preso pela equipe do Gaeco.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpre mandados de prisão na manhã desta terça-feira (22), contra o prefeito de Itaueira Quirino de Alencar Avelino (PTB), o secretário de Obras do Município de Itaueira, Gaston de Sousa Cavalcante os empresários Jeremias Pereira da Silva e Edivá de Sousa Cavalcante, em nova fase da Operação Perpetuatio. A Polícia Civil e Polícia Militar estão dando apoio à ação.

Os mandados de prisão foram expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Piauí no bojo da Operação Perpetuatio, mas até o momento apenas o empresário Jeremias Pereira da Silva foi localizado e preso pela equipe do Gaeco. O prefeito e os demais alvos da operação estão foragidos.

Os alvos são acusados de desvios de recursos públicos, lavagem de dinheiro e organização criminosa no âmbito da Prefeitura de Itaueira.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1  Prefeito de Itaueira, Quirino Avelino Prefeito de Itaueira, Quirino Avelino

Afastamento

O Tribunal de Justiça do Estado do Piauí determinou o imediato afastamento de Quirino Avelino do cargo de prefeito de Itaueira. O presidente da Câmara Francisco Antonio da Silva já foi notificado da determinação e dará posse ao vice-prefeito às 17h de hoje.

Prisão preventiva

O secretário Gaston de Sousa Cavalcante e os empresários Jeremias Pereira da Silva e Edivá de Sousa Cavalcante já haviam sido presos na ação realizada na semana passada, dia 15 de setembro, porém como as prisões eram temporárias, os suspeitos foram liberados com cinco dias. Hoje a Justiça converteu a prisão dos três em preventiva, entretanto apenas Jeremias foi localizado e os demais juntamente com Quirino Avelino seguem foragidos.

Gaeco ofereceu denúncia

De acordo com a coordenadora do Gaeco, promotora Débora Alencar, com base nas investigações e com o material coletado na semana passada durante a primeira fase da operação, o Gaeco ofereceu denúncia contra o grupo criminoso e solicitou os mandados de prisão, que foram prontamente deferidos pela Justiça.

“Fizemos as buscas e apreensões e as prisões temporárias na semana passada. Já na quinta eles foram denunciados, ou seja, a parte da investigação já foi concluída. Agora o material apreendido durante os mandados de busca será analisado, podendo gerar outras denúncias”, explicou a promotora.

Foram denunciados pelo Gaeco: Quirino de Alencar Avelino, Edivá de Sousa Cavalcante, Gaston de Sousa Cavalcante, Maria de França Avelino, Genival Joaquim de Moura, Eliene Helena dos Santos Moura, Roberto Lima de Farias, Jeremias Pereira da Silva, Francisco Vieira da Silva e Raimundo Fagner Siqueira Bueno.

Quirino Avelino liderava organização criminosa

De acordo com o Gaeco, Quirino Avelino é suspeito de liderar organização criminosa que atuava para fraudar licitações públicas e desviar dinheiro público.

As investigações giram em torno de três frentes: a primeira delas é referente à aquisição fraudulenta de uma ambulância para a Secretaria Municipal de Saúde; o segundo fato tem relação com construções e reformas de obras públicas, inclusive pavimentação de vias e o terceiro em decorrência da não prestação adequada e fraudes no serviço de transporte escolar.

Ainda de acordo com Gaeco, o prefeito Quirino se utilizou de empresas de fachada e de servidores públicos para macular processos licitatórios.

Prejuízo de quase R$ 2 milhões

Os valores desviados já contabilizados foram de R$ 1.724.613,38 (um milhão, setecentos e vinte e quatro mil, seiscentos e treze reais e trinta e oito centavos), sendo que ainda estão sendo auditados outros contratos, para totalizar o valor desviado pela organização criminosa.

Operação Perpetuatio

O nome da Operação Perpetuatio faz referência à perpetuação do gestor à frente do município de Itaueira, utilizando práticas fraudulentas para auferir vantagens ilícitas à frente da gestão pública.

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