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Política

Governo firma cooperação com empresa italiana

A Poligrow é um grupo europeu que desde a década de 90 atua com energias alternativas

O governador Wellington Dias assinou, nesta segunda-feira, 17, um termo de cooperação para produção de óleo de pinhão-manso com a empresa italiana Poligrow que está adquirindo terras na região de Jerumenha, no Sul do Estado, e fez o anúncio da criação do Instituto para o Desenvolvimento da Bioenergia (IDBIO), que tem sede em Parnaíba, Piauí, e está sendo implementado através da Agrobrasil Bioenergia. As empresas vão atuar como âncoras de forma agregada à agricultura familiar, uma no Norte e outra no Sul do Estado.De acordo com o governador Wellington Dias, os convênios firmados são resultado de um trabalho na área de política internacional do Estado na América do Norte. "A meta dos dois grupos se casa com o desejo do Estado de que as empresas atuem com uma empresa âncora integrando com agricultura familiar para transmitir conhecimento e assegurar a compra de toda a produção. A celebração dos convênios com os dois grupos da Itália, com experiência comprovada em vários países da Europa e da América do Sul na área de energia renovável, vai gerar emprego, renda e desenvolvimento. Esperamos que essas empresas possam transmitir conhecimento para os pequenos produtores e assegurar a compra de toda a produção tanto para o biodiesel quanto para a produção de cosmético", afirma o governador.A Poligrow é um grupo europeu que desde a década de 90 atua com energias alternativas e tem como meta trabalhar com a agricultura familiar e o Instituto para o Desenvolvimento da Bioenergia da Agrobrasil, ligado à Agrobrasil Bioenergia, e tem como objetivo a promoção de pesquisas, produção e transferência de tecnologia para o desenvolvimento da agrobioenergia, de forma sustentável, bem como de outras formas de energia limpa, como eólica e solar, a difusão de informações e experiências, além do acompanhamento e avaliação de políticas, programas e ações de entidades públicas e privadas. "Criar uma ampla cooperação nacional e internacional com um laboratório de biotecnologia na sede", diz o diretor do Instituto, Edson Teófilo, da Agrobrasil Bioenergia.Bioenergia: trabalho de sustentabilidade De acordo com o representante da Poligrow, Enrico Raveda, a idéia da empresa é ser mais presente no setor da agricultura familiar. "Precisamos da ajuda de cada instituição aqui presente (PCPR, Conab, UFPI e Uespi) para fazer um trabalho de sustentabilidade. Hoje temos um projeto de esmagamento de óleo em Pindamonhangaba, São Paulo, e nossa meta é termos futuramente uma unidade semelhante aqui", disse. Segundo ele, o investimento na área agrícola será de R$ 7 milhões a R$ 10 milhões. A construção de uma usina de esmagamento e produção de óleo vegetal bruto deverá ter o mesmo valor. O superintendente de Relações Internacionais, Sérgio Vilela, informou que o encontro com a Poligrow aconteceu durante o Congresso Internacional do Biocombustível, realizado no ano passado no Piauí e que no mês de abril, após as eleições que acontecem na Itália, a direção da empresa Agrobrasil virá ao Estado para assinar um protocolo de cooperação. "O que acontece hoje é a materialização dos investimentos que o Piauí tem feito na área de bioenergia", diz, acrescentando que a empresa está negociando a aquisição de 15 mil hectares na região de Jerumenha para plantar até o próximo inverno mamona e pinhão-manso. "Tivemos a oportunidade de conhecer o Piauí na última visita que o governador fez à Itália e tivemos um forte apoio sobre a possibilidade de implantar um projeto de produção de oleaginosas que envolvesse a agricultura familiar", disse o diretor executivo da Poligrow, Carlo Signa.Resolução eleva para 3% mínimo na mistura do biodieselO governador destacou que o presidente Lula lançou, nesta segunda-feira, 17, uma nova resolução que aumenta de 2% para 3% a mistura do biodiesel no óleo diesel a partir deste mês. Inicialmente, no mínimo de 3%. "O mínimo agora é 3%, podendo chegar a 10% a mistura do biodiesel. Essa resolução é resultado de um pedido meu, feito em nome dos governadores do Nordeste. Isso garante que toda produção tenha comprador. Vamos ter segurança no mercado brasileiro como também no exterior", diz o governador.Outra medida do presidente Lula para proteção aos pequenos produtores que trabalham na produção de mamona para produção de biodiesel, segundo Wellington Dias, foi um decreto que divide o leilão do produto vinculado à agricultura familiar ao que é dirigido às grandes empresas. "Isso protege o pequeno com a estipulação de um preço mínimo, assim como acontece no programa Compra Direta, e limita a concorrência desleal", afirmou Dias.

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