Fechar
GP1

Política

Gustavo Bebiano diz estar recebendo ameaças pelo WhatsApp

As ameaças teriam iniciado neste fim de semana, depois que o imbróglio envolvendo seu nome e o governo se agravou.

O ainda ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, disse ao Estado nesta segunda-feira, 18, que está recebendo ameaças pelo WhatsApp. As ameaças teriam iniciado neste fim de semana, depois que o imbróglio envolvendo seu nome e o governo se agravou. O ministro não deu mais detalhes sobre as ameaças, mas falou a interlocutores que já identificou algumas pessoas e que vai tomar providências.

A edição regular desta segunda do Diário Oficial da União (DOU), que já está no ar, não traz sua exoneração do cargo de ministro, como era esperado. No Diário desta segunda-feira, 18, Bebianno ainda é formalmente ministro. O documento oficializa atos assinados por ele na última sexta-feira, dentre os quais uma portaria sobre atribuições de assessores especiais da pasta.

Em situação indefinida, ele segue recluso no hotel em que mora em Brasília e não foi visto deixando o local.

Conforme o Estado antecipou no sábado, o presidente Jair Bolsonaro já estava com o ato de demissão do ministro assinado. O próprio ministro também já havia dito que tinha recebido sinalizações de que sua dispensa sairia no Diário Oficial de hoje. No entanto, o ato não veio publicado ainda, mas pode sair em edição extra ao longo do dia.

  • Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoGustavo BebiannoGustavo Bebianno

A não formalização da demissão, pelo menos por ora, indica que o governo ainda está tratando do assunto. No fim de semana, o presidente Bolsonaro e auxiliares, como o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, tiveram reuniões para encontrar uma forma "honrosa" de demitir Bebianno, o que também poderia ter sido feito ainda no fim de semana em edição extra do Diário Oficial, se o governo quisesse.

Nos últimos dias, políticos e militares tentaram interceder a favor de Bebianno, mas o presidente estava irredutível e, segundo apurou o Estado, deverá nomear um militar para o lugar do ministro. O general Floriano Peixoto deve ficar à frente da Secretaria, ao menos interinamente - ele é o secretário executivo da pasta. Com isso, Peixoto seria o oitavo militar a ocupar o primeiro escalão do governo, o que tornaria a Casa Civil a única pasta palaciana sob a liderança de um civil.

Bebianno vem sendo acusado de supostas irregularidades nas campanhas eleitorais do PSL ocorridas na época em que ele presidia o partido, que também tem o presidente Bolsonaro como filiado. A crise cresceu quando o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, chamou Bebianno de mentiroso, declaração que foi reforçada pelo próprio presidente.

NOTÍCIAS RELACIONADAS

Exoneração de Bebianno ainda não foi publicada no Diário Oficial

Bebianno não vai poupar filho de Bolsonaro, dizem interlocutores

Mais conteúdo sobre:

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.