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Política

Hospital Regional do Governo do Piauí funciona sem médicos e sem diretor

Entre as várias irregularidades denunciadas pelo delegado Sindical, o médico José Almeida, está o fato de que há 8 meses o Hospital vem funcionando sem um diretor clínico.

A Delegacia Sindical dos Médicos da região de Picos está denunciando a situação precária de funcionamento do Hospital Regional Justino Luz. O Hospital é responsável pelos atendimentos da macro-região de Picos, que engloba 60 municípios. Entre as várias irregularidades denunciadas pelo delegado Sindical, o médico José Almeida, está o fato de que há 8 meses o Hospital vem funcionando sem um diretor clínico.

De acordo com o médico o funcionamento do Hospital sem o diretor clínico transgride a Lei do Decreto Médico 20.931/32, em seu artigo 28. O Conselho Regional de Medicina (CRM) já realizou uma fiscalização no Hospital. A inspeção foi feita em março deste ano. Os próprios médicos que trabalham no Hospital solicitaram a fiscalização. De acordo com o Conselho, o relatório final da inspeção será divulgado dentro de alguns dias.

A situação precária de atendimento do Hospital Regional Justino Luz veio à tona por conta de polêmica em torno dos investimentos do Governo do Estado em um novo centro de atendimento. Os investimentos feitos na Policlínica de Picos foram contestados pela classe médica e pelos deputados da região de Picos.

"Foi feita a investigação e constadas inúmeras irregularidades, dentre as quais algumas que não podem ocorrer em hipótese alguma, como é o caso de funcionar sem um diretor clinico, um diretor técnico, cargo que deve ser ocupado por um médicos", informou o médico ao Jornal de Picos.

Ele disse que o profissional é o responsável por fazer as escalas de plantões, de providenciar o substituto de um médico quando ele faltar ou adoecer, de ver as condutas que estão sendo tomadas dentro da unidade, ver quais são os pacientes que podem ser atendidos ou não.

"Então a falta desse profissional com certeza acarreta um mau atendimento à população e isso está ocorrendo. Estão ficando dias equipes desfalcadas e isso implica em complicações graves como maior mortalidade de pacientes que procuram o hospital", denunciou José Almeida. Outra irregularidade constatada na inspeção feita pelo CRM é o atendimento do ambulatório que é feito junto com a urgência e emergência, o que não pode acontecer no mesmo espaço físico. "Também a UTI, a semi-intensiva, onde ficam os paciente mais graves não tem médico presencial", afirma o médico. Na enfermaria do Hospital, onde existem pelo menos 100 leitos não há médico presencial.

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