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Juíza manda prender policial acusado de atirar em Saulo Dugado

A decisão da juíza Valdenia Moura Marques De Sá, da 9ª Vara Criminal da Comarca de Teresina foi dada nesta segunda-feira (21).

A juíza Valdenia Moura Marques De Sá, da 9ª Vara Criminal da Comarca de Teresina, mandou prender o policial militar Wanderley Rodrigues da Silva, acusado de atirar contra o cantor Saulo Dugado na Padaria Ideal, na última quinta-feira (17). A decisão foi dada nesta segunda-feira (21).

A juíza afirmou que o "acusado descumpriu as condições impostas no alvará de soltura" e por essa razão decretou sua prisão preventiva.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Cabo W.SilvaCabo W.Silva

Sumiço de R$ 304 mil

Wanderley Rodrigues, conhecido por "cabo W. Silva", foi preso em 17 de dezembro do ano passado por suposto envolvimento no sumiço de R$ 304 mil apreendidos durante assalto ao Banco do Nordeste. Ele foi posto em liberdade em 17 de abril de 2018 sob condições, que foram descumpridas, segundo o Ministério Público, durante ação na Padaria Ideal.

Pedido do Ministério Público

O promotor Assuero Stevenson Pereira Oliveira, da 9ª Promotoria de Justiça protocolou pedido de prisão preventiva do PM, na sexta-feira (18).

"Agindo como agiu, o denunciado descumpriu as condições que lhe foram impostas quando da concessão de sua liberdade, mormente as seguintes: “c) não andar armado, salvo se de serviço estiver; (…) e) não se envolver em qualquer outro delito”, afirmou o promotor Assuero Stevenson.

Afirma o promotor que ficou evidente que as medidas cautelares diversas da prisão não são suficientes, sendo necessária a decretação da prisão preventiva do policial.

Confusão na Padaria Ideal

O cantor de forró Saulo Dugado foi baleado durante discussão na manhã da última quinta-feira (17), por volta das 09h30, dentro da Padaria Ideal, localizada na Avenida Presidente Kennedy, zona leste de Teresina.

  • Foto: Facebook/Saulo DugadoSaulo DugadoSaulo Dugado

Segundo Josefran, gerente do estabelecimento comercial, o cantor estava transtornado e desrespeitando os funcionários e clientes, por essa razão o policial interferiu e teve início um bate-boca. O militar sacou a arma e disparou dois tiros, um deles acertou o músico na perna.

Saulo Dugado afirma arrependimento

O cantor afirmou estar arrependido por ter se “exaltado” na confusão. “A única coisa que eu me arrependo é de ter me exaltado. Eu reconheço a minha falha. Eu estava em um momento ruim e destratei algumas pessoas no ambiente. Eu também sou humano, eu erro e falho”, afirmou Saulo, que acrescentou que a atitude do policial foi imprudente e que "como profissional, deveria ter chamado para conversar e não ter respondido com socos e bala”.

PM diz que agiu em defesa da sociedade

Em entrevista ao GP1, o cabo disse que agiu em defesa das pessoas que se encontravam no local: “Eu cheguei lá e esse cidadão estava agredindo as pessoas, mulheres, inclusive, contra uma senhora lá ele proferiu palavras de baixo calão, disse que lá era um cabaré. Eu me identifiquei como policial, falei que ia chamar a viatura e foi quando ele se revoltou contra mim, tentou 'tacar' uma cadeira em mim, foi à luta corporal, depois tentou novamente [jogar a cadeira]. Eu disparei no chão, nem tive a intenção de acertá-lo, mas o disparo pegou na perna, agi em legítima defesa”, relatou.

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