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Laudo complementar confirma que houve ruptura no testículo do Preso torturado no Piauí

O laudo é assinado pelos médicos Erivan Gomes Eulálio e Wildemberg Monteiro Leal. Veja aqui o Laudo Médico!

O Presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-PI, Lúcio Tadeu, já tem em mãos , um laudo de exame de corpo de delito complementar, que comprovaria que o preso Edgar da Silva Rocha, submetido a torturas no dia primeiro de outubro deste ano, no 4º Batalhão da Polícia Militar, na cidade de Picos-PI, a 311 km de Teresina, teria sofrido ruptura no testículo direito (rompimento).

O laudo complementar assinado pelos médicos Erivan Gomes Eulálio e Wildemberg Monteiro Leal diz que o preso Edgar sofreu lesão corporal, sendo que um exame de Radiologia Geral realizado no paciente, informa que este teve ruptura testicular direita. O laudo complementar foi solicitado pela delegada regional em Picos, Vanda Abreu Costa.

O Presidente da Comissão de Direitos Humanos, Lúcio Tadeu vai encaminhar cópia do laudo para o Conselho Regional de Medicina, a fim de ser feito um analise mais profundo sobre o que foi constatado pelos dois médicos que expediram o referido laudo.

Lúcio Tadeu está acompanhando este caso de torturas que teria ocorrido no Município de Picos, após ser designado pela OAB Nacional. O Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Piauí, afirma que a posição inicial do governador Wellington Dias, revelou-se como um salvo conduto para a prática de tortura no Piauí.

Além de Edgar da Silva Rocha, teriam sido torturados na cidade de Picos, por policiais militares sob o comando do major Wagner Calisto Torres, os presos Airon Alves Magalhães e José Fabrício da Silva. Todos foram presos acusados de arrombamentos naquele Município.

A denúncia das torturas aos acusados de roubo, foi feita de início ao advogado Cristiano Portela pela mãe de Edgar, Maria Teresinha da Silva Santos. Cristiano levou o caso ao conhecimento do Promotor de Justiça, Elói Pereira Júnior, que de imediato, prendeu em flagrante delito pelas torturas, dois soldados, quando estes foram levar os presos para serem entregues a Polícia Civil de Picos.

O promotor Elói Pereira denunciou à Justiça pelas torturas, os soldados Vilmar Pereira dos Santos, Ânio Esdras Ricardo, Francisco Santana Daniel e Antônio Bezerra, além do major Wagner Torres, que somente, nesta terça-feira (2), foi exonerado do comando do 4ºBPM, em Picos, pelo comandante geral da PM, Francisco Prado.

A exoneração só ocorreu depois que o caso foi levado ao conhecimento da Comissão dos Direitos Humanos do Senado Federal, onde o senador Paulo Paim (PT), inclusive, já declarou que a Comissão vai acompanhar o ocorrido no Piauí e ouvir as partes envolvidas, em uma audiência pública no Senado.

O Promotor da Auditoria Militar, Aristides Pinheiro, solicitou também, a remoção imediata do major Wagner Torres, do Quartel em Picos, no Sul do Piauí, para o QCG, em Teresina. O major Wagner Torres nega as acusações de torturas. O juiz Geneci Benevides, da Comarca de Picos, já deu início no dia 26 de novembro último, a apuração do caso, ouvindo testemunhas das duas partes envolvidas no ocorrido.

Após entendimentos entre os advogados de defesa dos acusados e os promotores Assuero Stevesson e Tarcisio Moura, que acompanham o caso, o juiz Benevidos suspendeu a audiência de inquirição de testemunhas, que vai ter continuidade no dia 9 deste mês (dezembro). Essas torturas que teriam ocorrido em Picos-PI, está obtendo repercussão em todo o Brasil, e já foi denunciado até a Anistia Internacional.

O major Wagner Torres e os outros militares acusados das torturas, são defendidos pelos advogados Nazareno Thé, Gleuton Portela e Júnior Urtiga. 

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