Em meio ao cenário de crise econômica no país, as famílias procuraram este ano por presentes baratos para não deixar a data do Dia das Crianças passar em branco. Para atrair clientes, os lojistas apostaram neste período em produtos populares para reverter a queda no faturamento,.
A proprietária da loja Babylândia, Karina Fernandes, disse que mesmo investindo em presentes mais baratos, as vendas não superaram as expectativas. “As expectativas eram grandes, mas está fraco. Aqui, antigamente, um mês, uma semana, quinze dias antes dessa data, era muito movimento, mas agora está fraco, vendemos pouquíssimos brinquedos. E eu acho que não é só aqui, já ouvi reclamação geral, de muita gente. A gente comprou, claro que a gente tem que ter, tem que apostar. Às vezes o pai não quer nem trazer a criança para não escolher um presente muito caro. Apostamos esse ano em brinquedos mais baratos, bonecas e carros mais baratos, infelizmente não tem saído muito”.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1
Criança escolhendo o seu presente
José Rebouças, gerente do Maninho Atacadista, afirmou que os brinquedos populares foram os primeiros a sumir das prateleiras. “Não estamos vendendo igual ao ano passado. Teve uma grande queda percentualmente. O que a gente tem notado é que o nível de presente tem diminuído muito o valor. Por exemplo, se antes o pai comprava um presente de 60 ou 80 reais, hoje ele está optando comprar um presente de R$ 20, bem abaixo do que estava comprando nos anos anteriores. Então, apostamos muito em brinquedos mais em conta, bem mais populares. Tanto que brinquedos, bonequinhas que custam seis reais foram vendidas todas”.
Samara Alves tem dois filhos e falou que este ano teve que economizar nos presentes. “Vou levar lembrancinhas para não passar em branco. Com essa crise não tem como comprar um presente melhor, está tudo caro”, disse.
O Superintendente da Federação do Comércio do Piauí (Fecomércio-PI), Nonato da Paz, afirmou que uma pesquisa recente revelou otimismo do consumidor em relação as intenções de compras para o Dia das Crianças. “A última pesquisa recente sobre intenção de consumo de Teresina tem um ligeiro aumento nas compras em relação ao ano passado. De 0 a 100 pontos é considerado baixo otimismo, e de 100 a 200 mostra otimismo, então Teresina está com 99,9, é otimista esse percentual, o consumidor de Teresina quer ir às compras”, contou.
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