Em mais uma greve geral, que aconteceu nesta sexta-feira (30), os teresinenses que dependem do transporte coletivo, tiveram dificuldades para retornar para suas casas. Com a adesão do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Rodoviários do Piauí (Sintetro) ao movimento, muitos trabalhadores voltaram para casa a pé, ou formaram turmas para pegar táxi.
Erenilde da Silva, que é cozinheira de um restaurante, não aprovou a manifestação. “Foi muito ruim, trabalhei o dia inteiro, agora na hora de voltar para casa não tem ônibus, e o pior é que ainda estou sem dinheiro, é revoltante, estou com mais de duas horas na parada e ainda não passou nenhum coletivo”, revelou.
O auxiliar de serviços gerais, Emanuel Júnior, falou que se não tiver ônibus, vai para casa de mototáxi. “Eu achei a manifestação pacífica, espero que tenham um resultado positivo. Se não tiver coletivo, o jeito mesmo vai ser pagar um mototáxi, já que daqui [Avenida Frei Serafim] para o bairro Dirceu é muito longe”, contou.
O taxista Dino Rossi, disse ao GP1, que não concorda com greve, já que prejudica os passageiros de ônibus. “A movimentação está boa hoje, já fiz mais de dez corridas, estou contando no relógio normalmente, então as pessoas dividem o valor. Pra mim que tenho transporte é bom, mas para quem depende de ônibus, é ruim”, disse.
A senhora Lurdes, moradora do Renascença, vai dar carona para duas amigas. “Meu marido está vindo me pegar, vou aproveitar e levar duas amigas que estão esperando ônibus há três horas, deixar os trabalhadores sem transporte para voltar para casa é ridículo”, desabafou.
Segundo relatos de usuários do transporte coletivo, passam alguns ônibus clandestinos que cobram uma tarifa de R$ 3,30, o problema é que não tem rotas desses veículos para todos os bairros da cidade.
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