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Teresina - Piauí

Médico piauiense Daniel França apresenta projeto a Alexandre Baldy

“É um sistema eletrônico que liga o capacete com a placa controladora da moto e impede o funcionamento se o capacete não tiver adequadamente colocado", explicou o especialista.

O neurocirurgião Daniel França apresentou ao ministro das Cidades, Alexandre Baldy, na tarde desta sexta-feira (16), o protótipo do Projeto Anjo da Guarda que impede que a motocicleta ligue se o condutor não estiver com o capacete acoplado corretamente. O encontro aconteceu no Palácio da Cidade, centro de Teresina. França é marido da jornalista Joice Hasselmann.

Daniel explicou o porquê de criar o sistema: “Esse projeto passa pelo fato de que aqui no Piauí a gente tem uma desproporção muito grande de quantidade e gravidade de traumatismos de crânios por acidente de moto, eu fiz uma pesquisa que mostrou que 80% das pessoas que sofrem trauma de crânio por acidente de moto não estão usando capacete, isso significa que se todos usassem capacete o HUT não estaria tão lotado e o custo da saúde seria menor, sem contar o número de mortos e sequelados”, esclareceu.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1Daniel FrançaDaniel França

“Eu fui procurado por uma empresa de tecnologia, aqui de Teresina, que se propôs a criar um sistema que impede o funcionamento da moto sem o uso adequado do capacete, e isso levou alguns anos de pesquisa até que nós chegamos num sistema funcionante que está aqui, e que já chegou ao Ministério da Saúde e da Cidades, por essa razão estamos aqui pra mostrar pra ele”, contou.

O especialista contou ainda como é o funcionamento do dispositivo: “É um sistema eletrônico que liga o capacete com a placa controladora da moto e impede o funcionamento se o capacete não tiver adequadamente colocado. Há sensores no capacete que se comunicam com a placa controladora da moto e aí se você não tiver com o capacete preenchendo as recomendações, a moto simplesmente não liga e se a moto tiver ligada e você tirar o capacete, dentro de 30 segundos ela desliga e só torna a ligar caso o capacete seja adequadamente colocado”,

“Com isso a gente espera diminuir a incidência de traumatismo de crânio, a gravidade dos traumatismos de crânio, a quantidade de mortes, de sequelas, e finalmente, a quantidade de custos tanto da saúde quanto da previdência”, declarou.

O dono da empresa de tecnologia, Agamenon Santa Cruz, contou que um acidente com uma pessoa próxima fez com que ele buscasse uma alternativa para evitar maiores gravidades em vítimas de acidentes de motocicletas: “Em 2012, a gente teve uma pessoa ligada a mim, que teve um acidente de moto, e a primeira pergunta que eu fiz ao pai dele quando cheguei ao HUT foi se ele utilizava o capacete, e a resposta foi não, então a partir daí eu comecei a estudar um determinado dispositivo que viesse possibilitar o motoqueiro de só utilizar a motocicleta usando o capacete com a jugular travada, que é o cinto de segurança que segura o capacete na cabeça”, relatou.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1Agamenon Santa CruzAgamenon Santa Cruz

“Começamos a desenvolver protótipos e vai filtrando até chegar a uma determinada tecnologia, e a gente juntou alguns técnicos do Piauí, com outros parceiros das Universidades de Brasília, Rio de Janeiro, Minas Gerais, pessoas da área de tecnologia, mecatrônica, eletroeletrônica e engenharia de softwares, e é logico a eletroeletrônica que é a parte elétrica e eletrônica da moto e chegamos num determinado protótipo que é funcional, mas ainda temos umas pesquisas pra fazer pra chegar a uma produção em larga escala”, informou.

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