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Mulher diz que foi agredida por policial em São João do Piauí

“Eu tirei o capacete e ele já me deu um tapa no pé do ouvido, ele tomou as chaves da moto e ligou pra polícia: ‘Vem pegar aqui uma vagabunda’”, afirmou.

O subtenente Freitas, comandante da Polícia Militar de Campo Alegre do Fidalgo, está sendo acusado de agredir fisicamente e verbalmente uma mulher, na manhã dessa quinta-feira (07), em São João do Piauí.

Em entrevista ao GP1, na tarde desta sexta-feira (08), a funcionária da Maternidade de São João do Piauí, Luzia Pereira, contou que o caso aconteceu quando ela estava se deslocando em sua motocicleta para ir ao trabalho.

“Eu estava indo ao trabalho, por volta das 9h40 da manhã de hoje, e ele vinha em alta velocidade em um carro, não sabia que ele era policial, ele não estava fardado, então pedi pra ele: ‘senhor, vá um pouco mais devagar, o senhor ia me atropelando’, e continuei. Levei um susto com ele me abordando, dizendo ‘mão na cabeça, vagabunda’, relatou.

  • Foto: DivulgaçãoLuzia na delegaciaLuzia na delegacia

Ainda de acordo com Luzia, o policial lhe deu um tapa na cabeça. “Eu tirei o capacete e ele já me deu um tapa no pé do ouvido, ele tomou as chaves da moto e ligou para polícia: ‘Vem pegar aqui uma vagabunda’”, afirmou.

Luzia contou que logo em seguida apareceram outros policias e que o subtenente ficou ainda mais exaltado. “A minha sorte é que chegaram uns policiais, mas aí foi que ele ficou mais furioso, mais agressivo, e colocou a arma debaixo da blusa apontando pra mim, dizendo que ia me matar, aí foi que um policial tomou a frente”, lembrou.

“O comandante Edilson disse pra ele se acalmar que quem estava no comando era ele, mesmo assim ele continuou apontando a arma, fiquei com medo dele me matar”, disse.

Luzia não conseguiu registrar o Boletim de Ocorrência, mas realizou o exame de corpo de delito. “Fui até a delegacia fazer o B.O., mas não consegui porque o delegado estava em outra ocorrência, mas um policial me deu o papel pra eu fazer o exame de corpo de delito, fui ao hospital e fiz”.

“Hoje, o delegado me ligou para ir fazer o B.O., aí eu já fiz agora de manhã. Mas estou com muito medo dele querer me matar”, declarou Luzia que disse ainda que pretende denunciar o policial à Corregedoria da Polícia Militar.

Comando da PM de São João do Piauí

O capitão Edilson, comandante da Polícia Militar de São João do Piauí, esteve no local e contou o que aconteceu depois que ele chegou. “Eu estava no patrulhamento e fui chamado para atender uma ocorrência de trânsito envolvendo um subtenente da polícia militar e uma cidadã. Quando eu cheguei lá, conversei com o subtenente e ele me explicou que a senhora havia batido na traseira do carro dele. Conversei com ela, perguntei se ela tinha habilitação e ela disse que não tinha, procurei resolver a situação tendo em vista que ele não estava em serviço”, expôs.

“Ela me disse que iria denunciar ao Ministério Público, e eu disse que ela tinha todo o direito de ir e conversar com o promotor fazer sua denúncia, que é um direito que lhe cabe”, disse.

O capitão afirmou que o que houve foi uma briga de trânsito. “Uma ocorrência de trânsito que gerou um problema porque ela alega que o subtenente foi grosseiro com ela, que a xingou, e aí dessa forma ficou uma coisa muito chata, mas o que aconteceu foi isso”, falou.

Questionamento sobre a ameaça de morte, inclusive com arma, que Luzia disse ter sido vítima, o comandante respondeu. “Eu não presenciei esse apontamento de arma não, eu estava com três policiais e eles ficaram à frente dele e os dois discutindo mas não teve o apontamento dessa arma”.

Outro lado

O GP1 não conseguiu localizar o subtenente Freitas.

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