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Mulher vai a hospital no Piauí dar luz e médico manda voltar para casa e na volta bebê morre

"Isso é um caso de Polícia, eu vou denunciar ao Ministério Público Estadual', desabafa ao Portal GP1, o técnico Agrícola, Amauri Lima.

O técnico agrícola Amauri Lima Furtado (foto), 20 anos, residente no povoado Ema, no Município de José de Freitas-Pi, está revoltado porque levou sua mulher, estudante Franciane de Sousa Rocha, 19 anos, para dar luz ao primeiro filho, na noite do último dia 12, no Hospital Nossa Senhora do Livramento, em José de Freitas-Pi, e o médico de plantão, identificado por Rodrigo, após examiná-la, mandou Franciane ir para casa e só retornar ao hospital, no dia 13 de manhã, sendo que por volta de 1h30min da madrugada do dia 13 (quarta-feira), Franciane Rocha voltou a se sentir mal e começou a ter sangramento. “Eu já sabendo que a situação de minha mulher, desde que sai de casa na Ema, era grave, não retornei mais para lá, e fiquei com ela aqui na cidade de José de Freitas, no Sindicato dos Agricultores na Agricultura Familiar. Quando ela voltou a passar mal, levei de volta ao Hospital Nossa Senhora do Livramento, tendo sido atendida pelo mesmo médico Rodrigo, que mandou colocá-la em observação e somente depois de muito tempo, foi que o mesmo médico plantonista mandou a irmã de minha mulher, levar ela para a sala de parto e meu filho, acabou nascendo morto, isso é um caso de Polícia, eu vou denunciar ao Ministério Público Estadual”, desabafa ao Portal GP1, o técnico Agrícola, Amauri Lima. Amauri questiona porque o médico Rodrigo não mandou sua mulher para a Maternidade Evangelina Rosa, em Teresina-PI, a primeira vez em que ela chegou ao Hospital Nossa Senhora do Livramento, por volta de 22 horas da última terça-feira, já sentindo dores, a fim de que fosse feito um parto normal ou uma Cesário. O técnico agrícola afirma que o médico Rodrigo deixou o Hospital Nossa Senhora do Livramento, por volta das 6h30min da manhã de quarta-feira (13) sem dar explicações à família, sobre a morte do bebê do sexo feminino. Amauri Lima garante que sua mulher fez todo o pré-natal e ela estava grávida há 36 semanas (nove meses). Ele acrescentou que o corpo do bebê foi entregue à família, na manhã de quarta-feira (13), sem o atestado de óbito que deverá dizer quais foram às causas da morte.

O sindicalista Nivaldo Lima dos Santos (foto) que é casado com uma irmã de Franciane denunciou ao Portal GP1, no início da tarde desta quinta-feira (14), que, a família ainda não teria recebido o atestado de óbito. Nivaldo disse que foi sua mulher quem acompanhou Franciane durante todo o seu sofrimento no Hospital Nossa Senhora do Livramento. O sindicalista acrescentou que o corpo do bebê foi sepultado no final da tarde da última quarta-feira (13), no povoado Ema, com a presença de muita gente. Franciane Rocha não acompanhou o sepultamento do filho, pois, só recebeu alta do hospital, na manhã desta quinta-feira (14). Nivaldo Lima afirmou ao Portal GP1 que sua cunhada Franciane encontra-se bastante abalada e chora muito pela perda do filho. O sindicalista afirma que por várias vezes, procurou, ontem (13), a direção do Hospital Nossa Senhora do Livramento para pedir explicações sobre o caso, mas não obteve êxito. Nivaldo Lima disse que vai denunciar o ocorrido ao Ministério Público Estadual, a fim de que seja apurado tudo e entrará com representação contra o Hospital Nossa Senhora do Livramento, que foi municipalizado, na administração do prefeito Robert de Almendra Freitas (PSDB), que está com o mandato eletivo cassado, por compra de votos, abuso de poder econômico e político e conduta vedada à agente público, e que, continua no cargo mediante liminar que conseguiu no Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. Nivaldo Lima garante que esse não é o primeiro caso que ocorre na mesma circunstância, no Hospital Nossa Senhora do Livramento.

  Hospital Nossa Senhora do Livramento, em José de Freitas-PI, foi municipalizado na administração do prefeito Robert Freitas (PSDB

Médico Rodrigo diz que foi fatalidade

O médico Rodrigo ao ser procurado pela reportagem do Portal GP1, no início da tarde desta quinta-feira (14), para falar sobre o caso, declarou que fez o que era possível e o que determina a medicina para realizar um parto. Ele garante que Franciane Rocha chegou ao Hospital Nossa Senhora do Livramento, por volta das 23 horas de terça-feira (12), tendo logo a examinado e constatado que o bebê estava bem em sua barriga e não estava em trabalho de parto, pois o parto não era para àquele momento, e que ela (Franciane) poderia ir para casa e voltar pela manhã. Rodrigo disse que quando Franciane Rocha foi levada de volta ao hospital já na madrugada de quarta-feira (13), a examinou novamente, e depois, mandou levá-la para a sala de observação, e em seguida, para a sala onde ele começou a realizar o parto. “O útero de dona Franciane estava muito contraído e rompeu, a rigorosidade das contrações uterinas pode ter causado o sofrimento fetal e ela estava com sinais de DPP. O bebê já nasceu sem vida, mas eu fiz o que era possível, para tentar salvá-lo”, declarou o médico Rodrigo ao Portal GP1. Rodrigo disse que isso foi uma fatalidade, pois já fez vários partos, no Hospital Nossa Senhora do Livramento, e nunca tinha ocorrido isso. Ele disse que já assinou o atestado de óbito do bebê e já repassou ao diretor do hospital, Marlúcio Fontes. O médico Rodrigo, como é conhecido, acrescentou ao GP1 que o parto de dona Franciane Rocha estava transcorrendo normalmente e depois teve um aceleramento e ele não pode fazer mais nada para salvar o bebê. O médico afirma que também, a princípio, não viu necessidade de mandar Franciane Rocha para um Hospital de Teresina, pois tudo estava transcorrendo na normalidade, quando de repete, houve aceleramento, que não teve como salvar a vida do bebê.

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