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Teresina - Piauí

Palestrantes abrilhantam Cidade Empreendedora Sebrae em Teresina

Arthur Shinyashiki, Vinícius Mendes e José Motta estiveram no Congresso das Cidades do Piauí.

O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas, Sebrae no Piauí, fechou com chave de ouro a sua programação no Congresso das Cidades do Piauí, evento que encerrou ontem (08), no Atlantic City, em Teresina.

Palestrantes de renome nacional marcaram presença na Cidade Empreendedora Sebrae, no último dia de Congresso, tratando de diversos temas importantes para o avanço dos pequenos negócios e dos municípios piauienses. Entre os nomes que abrilhantaram o evento estiveram Vinícius Mendes, José Motta e Arthur Shinyashiki.

  • Foto: Divulgação/AscomVinícius MendesVinícius Mendes

O potencial da periferia das cidades

Vinícius Mendes, presidente da Besouro Agência de Fomento Social, foi um dos palestrantes trazidos pelo Sebrae para o evento. Mendes proferiu a palestra O Potencial Empreendedor da Periferia das Cidades, na qual falou que as áreas periféricas dos municípios podem se transformar em centros de empreendedorismo. “Existe um público consumidor forte nessas áreas e uma cultura de trabalho autônomo”, disse.

Para ele, essas áreas que são deixadas de lado por grandes e médias empresas, são nichos a serem ocupados por empreendedores incentivados pelo poder público. "O salário de quem trabalha em um bairro nobre, mas mora na periferia e gasta seu dinheiro no comércio local, ajuda a economia a girar", explicou.

Liderança e propósito

Já o professor e consultor José Motta, especialista em metodologias ativas de ensino, que atualmente é o head da Edtech Beenoculus, principal start up da América Latina em desenvolvimento de soluções em realidade virtual para a Educação, tratou do tema Empreendedorismo no Século XXI: Uma Jornada de Liderança e Propósito.

Na palestra, o professor mostrou as evoluções dos últimos 47 anos na área da tecnologia, as quais se contrapõem à falta de inovação na área da educação. “Nos meus 47 anos, vi muita coisa mudar na tecnologia, mas não vejo as escolas fazendo coisas fenomenais. Ainda tem professor mandando aluno desligar o celular, ao invés de usar o celular para incrementar a aula”, pontuou.

Segundo Motta, quando ele tinha 10 anos, estudava em uma sala de aula com cadeiras enfileiradas e o professor na frente, explicando o assunto. “Até hoje, o formato das salas de aula não mudou. Não vejo alunos criando algo novo. Hoje você não escolhe humano ou tecnológico. Você tem o humano e o tecnológico juntos. A gente junta o lápis e o celular”, destacou.

O professor disse que nas empresas mais avançadas no mundo da tecnologia, como a Google, os títulos são menos importantes do que as habilidades de saber lidar com gente, saber se relacionar com outra pessoa e em time, se comunicar e ser criativo. “Das dez competências exigidas na Google, oito são socioemocionais. A inteligência artificial veio para ficar e isso é fato, mas ela só resolve, não sente, não tem consciência, porque isso é essencialmente humano. Mas é preciso interagir para desenvolver competências socioemocionais. E isso não se ensina na escola”, pontuou.

Motta citou o exemplo das provas em sala de aula em que os alunos ficam sozinhos, não podem perguntar nada, não podem usar o celular nem falar com o colega. “Mas no mercado se exige que os profissionais trabalhem em equipe, com pessoas diferentes, e se comuniquem com eficiência. E isso não é trabalhado nas escolas”, lamentou o professor, que disse que o cérebro humano aprende 95% ensinando, 80% fazendo, 70% discutindo, 30% observando, 20% ouvindo e 10% lendo.

As exigências da era digital

Arthur Shinyashiki foi o último palestrante da noite, tendo abordado o tema a 4ª Revolução Industrial e a Transformação Digital. Shinyashiki é CEO do Instituto Gente, que é responsável por todos os cursos de Roberto Shinyashiki, e também do WeMentor, startup de cursos de educação à distância baseada no modelo de recorrência. É também o criador da startup Sociall, que desenvolve aplicativos para Facebook e Mobile.

“O entendimento de que tecnologia não é inovação é o principal diferencial das cidades, das empresas e das pessoas que tem liderado a transformação digital, chamada de quarta revolução, Uma vez entende isso, as mudanças começam a acontecer e os resultados aparecem, porque as tecnologias vão e vem, mas os seres humanos são perenes. Então se a gente entender o ser humano, se a gente entender o que a gente precisa mudar dentro da gente para acompanhar essa inovação, a gente consegue ter resultado em qualquer âmbito, seja numa pequena ou grande cidade, no colégio ou qualquer outro lugar”, comentou.

Shinyashiki destacou que a transformação digital trouxe uma dimensão de tempo completamente diferente. “Se antes uma semana era pouco tempo, hoje uma semana é muito tempo. Um exemplo disso é quando pulamos para o Stories seguinte do Instagram porque não temos paciência de esperar 15 segundos. Hoje 15 segundos é muito tempo pra algumas coisas. Então a dimensão de tempo, o timing, é extremamente importante para que você consiga se estruturar e não só acompanhar as evoluções, mas ter resultados”, pontuou.

Ainda segundo Arthur Shinyashiki, tudo precisa ser ágil. “Existem startups que há 10 anos atrás estavam numa garagem, com dois ou três funcionários, e hoje dominam setores multibilionários da economia. Elas souberam ser rápidas e aplicar aquilo que estão aprendendo. Se você não for pra rua rapidamente e colocar em ação o que está no papel, uma próxima inovação virá e o que era pra ser implementando já não vai gerar tanto resultado”, falou.

O Congresso das Cidades do Piauí foi uma realização do Sebrae em parceria com o Grupo Cidade Verde de Comunicação e com o Governo do Estado do Piauí.

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