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Piracuruca - Piauí

Polícia Civil diz que PM agiu em legítima defesa em Piracuruca

“O Delegado Titular da Delegacia de Polícia de Piracuruca Hugo de Alcântara Seabra Filho descartou completamente motivação política", afirmou a Polícia Civil em nota.

A Polícia Civil do Piauí, por meio da Delegacia Regional de Piracuruca, divulgou uma nota após Rodrigo Magalhães de Brito, ser morto a tiros pelo policial militar Tertulino Luis de Carvalho na segunda-feira (29). A Polícia afirmou que a perícia apontou que o policial agiu em legítima defesa e descartou que o caso aconteceu por motivação política.

Rodrigo tinha participado de uma carreata da vitória em favor de Jair Bolsonaro (PSL) na noite de domingo (29) onde começou a exibir uma arma de fogo, o vídeo foi divulgado em um grupo de Whatsapp chamado “Bolsonarianos”, da qual ele participa. Irritado com as críticas em relação ao vídeo, ele começou a colocar várias ameaças. O cabo Tertuliano participava do grupo, alertou o homem sobre a situação, mas Rodrigo continuou as ameaças. Nesta segunda-feira, o policial conseguiu localizar o acusado, decidiu que iria fazer uma abordagem em Rodrigo para que a arma fosse apreendida, mas ele teria reagido a ação e acabou sendo morto.

  • Foto: Facebook/Rodrigo MagalhãesRodrigo Magalhães exibe arma de fogo na cinturaRodrigo Magalhães exibe arma de fogo na cintura

Segundo a Polícia Civil, a perícia realizada no local, aponta que o policial agiu em legítima defesa. “O policial foi encaminhado até a delegacia de polícia civil, onde prestou esclarecimentos, condizentes com a situação fática vista no local de crime, que apontavam para a legítima defesa do policial. Após os trabalhos periciais, o perito responsável apresentou um simulacro de pistola (Air Soft), várias esferas de plásticos ("munições de Air Soft"), 04 quatro munições calibre 12, todas encontradas no interior do veículo, além disso, apresentou uma espingarda calibre 12 encontrada próximo ao corpo da vítima, e a munição que estava dentro da arma, constatando que a espoleta da munição apresentava sinal de impacto, indicando a probabilidade de Rodrigo ter efetuado disparo contra o policial, mas por alguma falha da arma, a munição não deflagrou, o que confirmou ainda mais os indícios de legítima defesa”, afirmou.

A Polícia Civil ainda destacou que apuração não aponta motivação política. “O Delegado Titular da Delegacia de Polícia de Piracuruca Hugo de Alcântara Seabra Filho descartou completamente motivação política no fato investigado, informando que o acontecido se deu em virtude de uma abordagem policial a um indivíduo em estado flagrancial, ou seja, cometendo crime (porte ilegal de arma de fogo), o qual reagiu a abordagem e forçou o policial a se defender, segundo os fatos até agora apurados”, disse.

Confira a nota na íntegra:

A Polícia Civil do Piauí, por meio da Delegacia Regional de Piracuruca, foi comunicada nesta segunda-feira (29/10) da morte de Rodrigo Magalhães de Brito, o qual foi alvejado por disparo de arma de fogo, efetuado pelo policial militar Tertulino Luis de Carvalho.
Rodrigo Magalhães de Brito protagonizou um vídeo de grande repercussão na cidade, em que foi flagrado por populares conduzindo seu veículo no complexo turístico Prainha, ostentando uma pistola em sua mão para fora do veículo, na data de ontem, 28/10/2018.

No dia dos fatos, 29/10/2018, ao ter sua atitude recriminada em grupo de Whatsapp por colegas, Rodrigo reage de forma agressiva contra os mesmos, proferindo ameaças e insultos. O policial Militar Tertulino estava no grupo e foi proferida contra este ameaça específica.

O policial informou a autoridade policial e seus superiores, em seguida se deslocou até o prédio da Companhia de Polícia Militar deste município para informar aos policiais e solicitar diligência. No trajeto, o policial militar relatou que viu o veículo semelhante ao de Rodrigo lhe seguindo, mas até o momento não tinha certeza, só confirmando a suspeita quando este passa bem próximo ao carro do policial, em frente ao prédio da companhia de polícia militar.

Ao identificá-lo, o policial militar de folga, solicita apoio ao colega de serviço, mas este estava sozinho no prédio não podendo sair. Tertulino realiza o acompanhamento do indivíduo, emparelha ao lado seu carro, identifica-se como policial e solicita parada. Mas a vítima reage apontando uma espingarda calibre 12 em direção ao policial, o qual acelera o carro, obstrui a passagem, e realiza a abordagem.

Após minutos verbalizando, Rodrigo sempre apontando a espingarda e mirando no policial, ele tenta se aproximar do policial o qual estava abrigado atrás do seu veículo, momento em que o policial efetua os disparos para se proteger. A vítima é alvejada, tomba com vida e a espingarda em punho, o policial se aproxima, afasta a arma da vítima, e aciona a ambulância, polícia civil e militar.

O Delegado de Piracuruca, Hugo de Alcântara, foi até o local, determinou o isolamento, acionou a perícia e o IML, pois foi constatado ausência de sinais vitais. O policial foi encaminhado até a delegacia de polícia civil, onde prestou esclarecimentos, condizentes com a situação fática vista no local de crime, que apontavam para a legítima defesa do policial.

Após os trabalhos periciais, o perito responsável apresentou um simulacro de pistola (Air Soft), várias esferas de plásticos ("munições de Air Soft"), 04 quatro munições calibre 12, todas encontradas no interior do veículo, além disso, apresentou uma espingarda calibre 12 encontrada próximo ao corpo da vítima, e a munição que estava dentro da arma, constatando que a espoleta da munição apresentava sinal de impacto, indicando a probabilidade de Rodrigo ter efetuado disparo contra o policial, mas por alguma falha da arma, a munição não deflagrou, o que confirmou ainda mais os indícios de legítima defesa.

As diligências continuarão, serão chamadas testemunhas que presenciaram os fatos, e efetuada a procura de câmeras de vigilância de residências e comércios próximo.

O Delegado Titular da Delegacia de Polícia de Piracuruca Hugo de Alcântara Seabra Filho descartou completamente motivação política no fato investigado, informando que o acontecido se deu em virtude de uma abordagem policial a um indivíduo em estado flagrancial, ou seja, cometendo crime (porte ilegal de arma de fogo), o qual reagiu a abordagem e forçou o policial a se defender, segundo os fatos até agora apurados.

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