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Policial civil do Piauí é preso pela PF acusado de facilitar sumiço de provas

O delegado Lucimar Sobral Neto, da Polícia Federal no Piauí, revelou que o agente desviou cartões do INSS e um aparelho celular que foram apreendidos durante dois flagrantes, em troca de R$ 4

O agente de Polícia Civil da delegacia do município de Piripiri, Francisco Kempes, foi preso acusado de ajudar uma organização criminosa especializada em fraudes a benefícios assistenciais do INSS concedidos a idosos e deficientes por meio do desvio de provas. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (01).

O delegado Lucimar Sobral Neto, da Polícia Federal no Piauí, revelou que o agente desviou cartões do INSS e um aparelho celular que foram apreendidos durante dois flagrantes, em troca de R$ 4 mil. “Ele desviou um material, cartões e um aparelho celular, que foram apreendidos durante dois flagrantes de pessoas pertencentes à quadrilha, feito pela Polícia Civil. O policial não chegou a confessar o crime, mas outras pessoas nos informaram que foi ele, já que foi no dia do plantão dele”, informou.

  • Foto: Laura Moura/GP1delegado Lucimar Sobral NetoDelegado Lucimar Sobral Neto

Alguns integrantes da quadrilha foram presos durante a “Operação Biditos”, deflagrada no dia 08 de maio. Na ação policial foram capturados o vereador Genival Cigano (PV), da cidade de Piripiri, um empresário, um funcionário público municipal e uma servidora do INSS de Parnaíba. Francisco Kempes foi preso no início da semana pelos policiais federais e encaminhado para a Corregedoria da Polícia Civil do Piauí.

Resposta à Polícia Civil

Após o delegado Lucimar Sobral divulgar a informação de que um policial civil estava sendo investigado sobre uma possível participação na organização criminosa, a 4º Delegacia Regional de Polícia Civil em Piripiri, sob o comando do delegado Jorge Terceiro, divulgou uma nota criticando a forma como a investigação foi conduzida.

Além disso, na nota, é destacada a surpresa sobre a divulgação dessas informações. “Os citados ‘cartões’ de titularidade de terceiros e os ‘aparelhos celulares’ doa autuados, apreendidos durante uma autuação em flagrante delito ocorrida em verdade no início do mês de novembro/2017 ainda encontram-se regularmente apreendidos pela Polícia Civil de Piripiri/PI com procedimento investigativo ainda em trâmite, o que poderia ter sido constatado por uma simples e rápida diligência para verificação da veracidade por parte da respeitosa Polícia Federal em nosso Complexo de Delegacias, o que jamais ocorreu”, revelou.

O delegado Lucimar Sobral, não quis se pronunciar na época sobre a nota, mas, na tarde deste sábado (02), comentou ao GP1 que a prisão é a resposta para a nota "descabida" divulgada pela Polícia Civil. “Na época, nós nem rebatemos a nota lançada por eles e divulgada na imprensa contra a Polícia Federal porque, apesar de ser totalmente descabida, nós sabíamos que tinha um policial civil bandido lá dentro, conseguimos prender ele e a nossa resposta é a prisão. [...] A própria Polícia Civil de lá reconheceu, por meio de ofício, que o material não está lá”, detalhou.

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