A Rússia fechará suas fronteiras a partir de segunda-feira, 30, em uma tentativa de conter a disseminação do coronavírus, decretou o governo neste sábado, 28.
A medida entrará em vigor em todos os postos de controle de veículos, trens e pedestres e será aplicada também às fronteiras marítimas do país, disse o governo.
A norma, no entanto, não valerá a diplomatas russos e motoristas de caminhões de carga, entre outros. O país, que já não recebe voos internacionais, registrou 1.264 casos de coronavírus, com três mortes.
Por ordem do prefeito de Moscou, Sergey Sobyanin, desde sexta-feira, 27, até o dia 14 de abril, todas as pessoas com mais de 65 anos devem permanecer em casa.
Essa medida também se estende a quem sofre de doenças crônicas, como diabetes, asma ou insuficiência cardíaca.
Estima-se que cerca de 1,9 milhão de moscovitas devam cumprir a quarentena obrigatória.
Também na sexta-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, declarou feriado nacional a partir de segunda-feira até o dia 4 de abril para "diminuir a velocidade de propagação" do novo coronavírus.
Com essas férias forçadas, que serão pagas pelos empregadores, os russos acrescentarão, com este e no próximo fim de semana, um total de nove dias sem ir trabalhar.
"Os dias de folga não são férias, mas uma medida importante para impedir a covid-19", disse o prefeito de Moscou, que reforçou as restrições após o decreto de Putin na esperança de "maximizar" o efeito "desta oportunidade".
Como resultado, restaurantes, cafés, bares, cantinas e outros estabelecimentos suspenderão suas atividades em Moscou, com exceção dos serviços de entrega em domicílio.
Serviços médicos, de reabilitação, assistência a idosos e necessitados, transporte, serviços bancários e de seguros, serviços comunitários e funerários, entre outros, continuarão em operação.
Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, alertou que, para impedir a propagação do coronavírus, as "medidas drásticas" impostas pelas autoridades devem ser cumpridas.
"Nossa tarefa comum não é permitir a propagação do vírus em todo o país. Nessa situação, o presidente e o governo são obrigados a tomar medidas necessárias e até drásticas, que só terão efeito se apoiarmos e cumprirmos todos e cada um de nós, para não agravarmos a situação", explicou.
Várias empresas locais já começaram a sentir o impacto da crise causada pelo coronavírus e reduziram os salários de seus funcionários.
Uma em cada três empresas já começou a implementar esta medida, e mais empregadores estão pensando em fazê-lo em um futuro próximo, de acordo com uma pesquisa do Centro de Pesquisa Estratégica.
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