Nesta quarta-feira (8), aconteceu uma mobilização nacional envolvendo 10 estados brasileiros, dentre eles o Piauí. Foi realizada uma caminhada que contou com uma encenação em que as crianças que vivem pelas ruas de Teresina carregaram cruzes, fazendo uma alusão à Semana Santa e lembrando os sofrimentos de Jesus e aquele enfrentado por essas crianças. Em seguida, foi feita uma panfletagem no cruzamento da Avenida Frei Serafim com a rua Coelho de Resende, com o intuito de conscientizar a população sobre a real situação desses menores.
A Secretária Municipal do Trabalho e Assistência Social, Graça Amorim, que organizou o evento, afirmou que a intenção era chamar toda sociedade para o problema da criança que ainda vive pelas ruas. A secretária chamou a atenção que esse é um problema de todos e que é necessário que a sociedade se una pra fazer com que essas crianças tenham seu lar e voltem a conviver com suas famílias.
“As crianças que insistem em continuar nas ruas são atendidas pelos CREAS e a gente encaminha essas crianças para receber todo treinamento, praticar algumas oficinas através de diversas entidades, como a Casa de Metara”, ressalta a secretária.
De acordo com a vereadora, hoje a cidade de Teresina possui cerca de 13 casos de crianças que vivem pela rua porque são encontradas resistências devido aos problemas familiares enfrentados por elas. “À medida que essas crianças se tornam maiores de idade a SEMTCAS procura inseri-las no mercado de trabalho”, ressalta.
Graça lembra que a maior dificuldade encontrada são os maus tratos enfrentados pelos menores, por isso eles não conseguem voltar para casa. Segundo a secretária, embora sejam feitos vários trabalhos com as famílias, algumas delas não conseguem se integrar, pois muitas têm problemas com o alcoolismo e com as drogas.
“Nesses casos a SEMTCAS procura encaminhar as crianças usuárias de drogas para a Fundação da Paz, mas é encontrada muita resistência em fazer o tratamento, apesar do trabalho de conscientização realizado pelos CREAS”, afirma.
A vereadora lembra ainda que os CREAS, Centros de Referência Especializado de Assistência Social, também trabalham com os menores a questão da família, mostrando a importância da criança permanecer em seu lar, além de examinar as dificuldades pelas quais passam as famílias.
“Quando a prefeitura pode resolver aquelas as questões familiares, como questão de habitação e de inserção no mercado de trabalho nós fazemos isso, como é o caso de Rafael e Gleiciane que são menores e ela está grávida. Vou encaminhá-los à SDU para que sejam inseridos em um programa de habitação da prefeitura, além de encaminhá-lo ao mercado de trabalho”, finaliza.
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