O Grupo Técnico de Pesquisa (GTP) da Comissão de Turismo Integrado do Nordeste, reunido na quinta-feira (14) e sexta-feira (15), no Real Palace Hotel, em Teresina, propôs a criação de um fundo de financiamento para pesquisas sobre o turismo no Nordeste.
O Grupo, formado por técnicos dos estados nordestinos, representantes do Ministério do Turismo, Embratur, Banco do Nordeste, Setur, Piemtur e Fundação Cepro, discutiu durante dois dias a situação do turismo no Nordeste e a forma de garantir que pesquisas de demandas turísticas sejam realizadas periodicamente nos Estados.
O secretário de Turismo, Sílvio Leite, falou da importância das pesquisas para o planejamento das ações. “Muitas vezes, os pesquisadores não são valorizados como deviam, mas não podemos pensar em planejamento turístico sem termos pesquisas de demanda”, disse o secretário.
O presidente da Fundação Cepro, Oscar de Barros, solicitou dos representantes do Ministério do Turismo e do Banco do Nordeste uma ação integrada para garantir o financiamento das pesquisas. “Os estados não conseguem bancar sozinhos o número de pesquisas necessárias para a continuidade do trabalho de planejamento do turismo, por isso, precisamos do apoio do Ministério e do Banco do Nordeste”, disse.
O representante do Banco do Nordeste, Biágio Mendes Júnior, declarou que as pesquisas são importantes para balizar o Programa de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur). “Temos todo interesse que os estados realizem pesquisas na área do turismo, até mesmo para direcionar melhor os recursos do Prodetur. Através dessas pesquisas, podemos saber que benefícios as obras sugeridas ou realizadas trazem para aquela região turística. Nossa proposta é que seja criado um fundo de financiamento dessas pesquisas com todos os atores envolvidos e que seja permanente, para que não acabe com as mudanças de governo”, disse.
O coordenador da Comissão de Turismo Integrado do Nordeste (CTI/NE), Valdo Mesquita, apresentou alguns dados do desempenho do Turismo Nordeste de 2002 a 2007. Os números mostram como os Estados se comportaram em relação ao fluxo de passageiros nos aeroportos, movimentação das rodovias que ligam as capitais, a receita turística gerada e a situação de cada Estado em relação à quantidade de pesquisas que realizam.
O Piauí apresenta números positivos e negativos. Na área de pesquisas turísticas o Estado vem realizando em média uma pesquisa por ano, índice considerado baixo para a CTI/NE. No setor de hotelaria os números mostram um avanço importante entre 2002 e 2007. O setor hoteleiro cresceu 17,4% e em Teresina, 33,1%. Esse crescimento é devido ao aumento na demanda, o que acarretou o aparecimento de novos empreendimentos.
A capital Teresina subiu no ranking das capitais que têm rodovias mais movimentadas. Em 2001 Teresina estava na 31ª colocação, em 2005 passou para a 15ª. A boa qualidade da malha viária que interliga a capital a pontos turísticos pode ter influenciado nesses números.
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