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Zoobotânico de Teresina segue regras de higienização e alimentação dos animais

De acordo com o coordenador do parque, José Renato Uchôa, a execução desses manuais é fundamental para o bom funcionamento de parques como o Zoobotânico.

Desde sua fundação, em junho de 1972, o Parque Zoobotânico de Teresina preocupa-se com a ambientação e qualidade de vida de seus animais. Tendo em vista o responsável e competente trabalho da equipe, o parque segue manuais que regem todas as atividades de um lugar que abriga a fauna e flora, como o manual do estagiário, o protocolo de higienização e manual do tratador.

De acordo com o coordenador do parque, José Renato Uchôa, a execução desses manuais é fundamental para o bom funcionamento de parques como o Zoobotânico. O manual de higienização, por exemplo, objetiva fazer o controle dos roedores, tão comuns nos zoológicos, retirando as sobras de alimentação após um período de aproximadamente duas horas depois de servida alimentação”, disse Uchoa.

Ainda sobre o item higienização, Renato Uchoa também esclarece sobre os bebedouros que são uma questão recorrente entre as dúvidas dos visitantes. “Seguindo recomendações do IBAMA, os bebedouros não ficam à mostra, eles permanecem dentro dos cabeamentos, locais onde os animais se refugiam e descansam”, disse Renato Uchoa.

De acordo com o secretário do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí, Dalton Macambira, a efetiva execução dessas atividades é o que tem permitido ao Zoobotânico Teresina uma excelente posição entre os poucos zoológicos do país que possui elevado indicie de reprodução em cativeiro, destacando a jaguatirica e a arara-canindé.

Administrado pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMAR, o parque Zoobotânico vem desenvolvendo ações que visam a reprodução em cativeiro. No início de fevereiro deste ano, o parque passou a contar com mais um morador. O casal de arara-canindé, um dos animais de maior dificuldade em reprodução, surpreendeu a equipe do parque ao pôr dois ovos, dando origem a um belo filhote, que hoje tem três meses de vida e apresenta bom desenvolvimento, alimentando-se de forma independente.

De acordo com a bióloga, Talita Ximenes, esse fato se deve principalmente ao manejo nutricional que os animais recebem. Ela esclarece que animais de zoológicos necessitam de uma alimentação balanceada e diferenciada dos animais que vivem em seu habitat natural, tudo para evitar problemas de saúde como a obesidade. “É muito comum as pessoas acharem que falta comida para os animais, assim como pesarem que eles estejam magros demais. Mas é importante lembrar que esses animais não podem se alimentar como se estivessem na natureza, pois quase não tem atividade física, o que propicia a obesidade”, disse Talita Ximenes.

Um bom exemplo dessa alimentação é o caso das araras, que na natureza alimentam-se principalmente de sementes oleoginosas, mas nos zoológicos tem uma dieta a base frutas.

A ambientação dos recintos também é fator fundamental para o bem estar dos animais. Seguindo instruções normativas do IBAMA o parque busca aproximá-los o máximo possível da natureza. No caso do recinto das araras, não há cobertura completa do mesmo, pois assim é permitido que o animal tenha contato com sol e chuva, como na natureza.

Outro destaque do Parque Zoobotânico de Teresina é a excelente arborização do ambiente. Através da SEMAR, foram plantadas nos últimos dois anos quase 2 mil mudas de plantas nativas, como o angico, pau d’arco e outras. Um dos principais trabalhos realizados no parque é o recolhimento das folhas que caem das árvores para serem encaminhadas ao setor de compostagem onde são transformadas em adubo.

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