O avião monomotor que caiu no final da manhã do último domingo (11), em uma lagoa no bairro Poti Velho, zona norte de Teresina, foi removido do local nesta quarta-feira (14).

A retirada foi feita por uma empresa contratada pelo proprietário da aeronave, o empresário Tiago Maximiano Junqueira, dono da T & J Agronegócios LTDA. O piloto acompanhou a remoção, mas não quis conceder entrevista.

Para acessar o local onde a aeronave caiu, foi necessário abrir caminho na mata, permitindo que um caminhão munck pudesse chegar até próximo à lagoa. As duas asas do avião foram retiradas da estrutura e, logo depois, os trabalhadores conseguiram içar o restante da aeronave, que foi encaminhada para uma oficina, onde deverá passar por análise das equipes do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA), organização militar vinculada ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA).

Acidente

Por volta das 11h30 do último domingo (11), um avião monomotor caiu em uma lagoa, nas proximidades do Parque Ambiental Encontro dos Rios, no bairro Poti Velho, na zona norte de Teresina. Segundo o policial militar que atendeu a ocorrência, o acidente foi resultado de um pouso forçado.

No momento da queda, apenas o piloto, Johnny Francisco Alves dos Santos, e o policial militar do Ceará, Marcelo Nogueira Ramos, estavam presentes. Os dois tiveram apenas escoriações leves. Eles foram socorridos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que prestou os primeiros socorros.

Motor falhou

Em um áudio obtido pelo GP1, o piloto contou que ao se aproximar do Aeroporto de Teresina, o motor falhou. Ao perceber que havia uma lagoa nas proximidades das residências, ele resolveu realizar um pouso no local, mas antes disso o avião acabou colidindo a asa direita em uma árvore.

“Eu ‘tô’ vindo agora do Pará, de Redenção, na curta final da dois zero, o motor falhou, aí mudei de tanque rápido, continuou falhando, voltei para o outro, motor falhou, aí pronto, parou. Tentei ainda reanimar, não deu. Quando eu olhei para baixo era só casa, eu olhei a minha direita, vi a lagoa, digo, é bem ali assim, aí eu dei uma puxadinha rápida, 'né'? Porque eu já vinha na curta final, puxei o manche rápido, ganhei um pouco mais de altitude. Aí aproei a lagoa, limpei o avião e a velocidade já vinha caindo, pronto, preparei o avião para o impacto. Na hora do impacto, a asa direita bateu na árvore, o avião rodou, pronto, parou dentro da lagoa”, disse o piloto da aeronave, Johnny Francisco Alves dos Santos.