A juíza de Direito do Núcleo de Plantão de Teresina, Maria Celia Lima Lúcio, converteu em preventiva a prisão em flagrante de Guilherme de Morais Duarte, autuado pelo Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) com uma arma de fogo dentro da Colônia Agrícola Major César, no último dia 26 de julho.

Na decisão, a juíza ressaltou que a liberdade do custodiado revela-se comprometedora à garantia da ordem pública, uma vez que as informações contidas nos autos indicam que Guilherme de Morais Duarte teria deixado dentro do buraco de um banheiro do pavilhão G1, na Colônia Agrícola Major Cesar, algumas sacolas contendo 21 aparelhos celulares, 04 porções de substância semelhante à maconha e mais 25 trouxinhas, além de um revólver calibre .38 e 50 munições, conforme representação de prisão preventiva.

Foto: Reprodução
Guilherme de Morais Duarte

“Ainda, analisando-se a ficha criminal do autuado, verifico que é renitente na prática de condutas contrárias ao Direito Penal, ostentando vários processos pelos delitos de receptação, adulteração de sinal de veículo automotor, homicídio, tráfico de drogas, entre outro”, diz trecho da decisão.

Em contraponto, a defesa pugnou pelo relaxamento da prisão em flagrante e, subsidiariamente, a concessão de liberdade provisória, em razão da ausência de indícios de autoria, mas o pedido foi negado pela juíza Maria Célia Lima Lúcio.

Entenda o caso

Dois criminosos invadiram a Colônia Agrícola Major César, na cidade de Altos, para entregar uma arma, munições e drogas a um líder da facção criminosa Bonde dos 40, Guilherme de Morais Duarte, que é acusado de assassinar um corretor de imóveis em Teresina. O fato aconteceu no último dia 26 de julho, segundo informações obtidas com exclusividade pelo GP1.

Segundo o Boletim de Ocorrência registrado por um policial penal, os dois criminosos adentraram ao presídio, através de um buraco existente no canto de uma cerca da unidade prisional. Eles acessaram o interior da penitenciária portando sacolas com a arma, munições, drogas e aparelhos de celular, e esconderam o material ilícito no pavilhão G1, onde Guilherme de Morais estava.

Toda a ação foi registrada pelas câmeras de monitoramento, por onde foi possível ver alguns detentos pegando as sacolas e escondendo em um buraco no banheiro do pavilhão G1.

Posteriormente, a direção do presídio foi informada de que o material estava em posse de Guilherme de Morais. As sacolas continham um revólver calibre .38, 50 munições, porções de maconha e diversos aparelhos celulares.

Diante do flagrante, os policiais penais apreenderam o material ilícito e conduziram Guilherme à sede do Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO), para adoção dos procedimentos necessários.