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Teresina - Piauí

Médicos de Teresina paralisam atividades nesta quarta e quinta

Na noite de quinta-feira (07), a categoria vai realizar uma nova assembleia para decidir os próximos passos do movimento paredista.

Os médicos lotados nos hospitais de Teresina irão paralisar suas atividades nesta quarta (06) e quinta-feira (07). A decisão de realizar uma nova paralisação de advertência foi tomada durante uma assembleia organizada pelo Sindicato dos Médicos do Estado do Piauí (SIMEPI) ocorrida no dia 29 de maio.

Conforme a médica Ceciane Neres, representante do SIMEPI, as reivindicações da categoria ainda não foram atendidas pela Prefeitura de Teresina. “Essa paralisação vem acontecendo há vários meses. Nós já realizamos paralisações anteriores, mas infelizmente nós não estamos conseguindo uma linha de comunicação direta com a Fundação Municipal de Saúde (FMS). O que os médicos estão pleiteando são as condições de trabalho que continuam muito a quem do que a gente necessita, a demanda muito grande por conta da falta de médicos e, por isso, nós necessitamos de concursos públicos”, informou.

  • Foto: Divulgação/AscomMédicos paralisam atividadesMédicos paralisam atividades

Todos os atendimentos ambulatórios foram suspensos hoje e amanhã. Entretanto, os atendimentos de urgência e emergência continuarão prevalecendo. Na noite desta quinta-feira (07), a categoria irá realizar uma nova assembleia para decidir os próximos passos do movimento paredista.

Em nota, a FMS explicou que o plano de cargos, carreira e salários, elaborado com aprovação do SIMEPI, está sendo cumprido. Além disso, a fundação revelou os motivos pelos quais os salários da categoria não passarão por maiores reajustes.

Confira a nota:

A FMS informa que o Plano de Cargos, Carreira e Salários dos Médicos da FMS, elaborado com aprovação do SIMEPI, está sendo cumprido.

Os salários da classe não podem passar por maiores reajustes pelos motivos a seguir: 1) Teresina dispende aproximadamente 36% das suas receitas correntes líquidas com saúde, sendo que a legislação determina que as despesas com saúde pelos municípios sejam de 15%; 2) Somente na área de saúde, Teresina conta atualmente com 11.300 servidores, quase 10 mil a mais do que na época em que o município assumiu a gestão do SUS. 3). Os salários pagos são maiores que os do Ministério da Saúde, EBSERH e Secretaria de Estado da Saúde . 4) Mesmo com a crise financeira que o país passa, o município conseguiu reajustar o salário de todos os seus servidores em 3%, compensando a inflação.

Em relação às outras demandas do sindicato, a FMS informa que a relação de 35 médicos enviada pelo SIMEPI que não foram contemplados com a promoção/progressão foi entregue à Diretoria de Recursos Humanos, que informou não terem adquirido esses direitos em abril de 2016. Já os hospitais relacionados como em "situação precária" já se encontram em reforma. Os locais com demanda excessiva de atendimento estão autorizados a contratar temporariamente mais profissionais, sendo que a FMS já realizou dois concursos públicos para médicos em 2017 e está em negociação para fazer um terceiro. O Hospital e Maternidade do Buenos Aires faz uma média de 5 partos ao dia e o neonatologista é exclusivo da maternidade, tendo os leitos de UCINCO atendidos por outro pediatra. Essa média diária de partos também justifica os dois obstetras.

Sobre a questão da segurança, estão sendo procuradas soluções com a Secretaria de Segurança do Estado, Polícia Militar, além da presença de 341 policiais militares pagos pela FMS para colaborar com esta segurança.

A FMS ressalta ainda que sempre recebeu o SIMEPI quando solicitado e todas as demandas enviadas via ofício foram respondidas e justificadas por escrito diretamente ao sindicato.

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