A Justiça do Piauí condenou o empresário Saul Hemanuel Sampaio Nogueira, acusado de espancar a esposa na frente de duas filhas pequenas do casal, na cidade de Pedro II. A sentença foi proferida no dia 30 de novembro do ano passado pelo juiz Francisco Valdo Rocha dos Reis.
Saul Hemanuel foi sentenciado a dois anos de reclusão e um ano de detenção, mais o pagamento de 10 dias-multa, pelos crimes de lesão corporal e posse ilegal de arma de fogo.
Segundo a denúncia do Ministério Público, a esposa do empresário foi agredida fisicamente no dia 23 de outubro de 2021, após o casal retornar de um casamento. Em depoimento prestado às autoridades, a vítima relatou que o marido teve uma crise de ciúmes ainda na cerimônia religiosa e começou uma briga do lado de fora da igreja, a xingando na frente de todos os convidados.
De acordo com a vítima, quando ela chegou em casa o empresário a puxou pelos cabelos e a arrastou, jogando-a em uma cadeira. Em seguida, ele sentou em cima da mulher e começou a desferir tapas e socos contra ela.
Agressão na frente das filhas
Ainda conforme a vítima, as duas filhas do casal, com 5 e 3 anos à época, presenciaram tudo e ainda tentaram ajudar a mãe, sendo retiradas pelo pai.
Policial confirmou lesões
Um policial militar que atendeu a ocorrência após ser acionado pela mãe da vítima foi ouvido como testemunha e confirmou que, ao se dirigir a residência do casal, encontrou a mulher com lesões no ombro, no braço e na cabeça.
Empresário negou acusações
Interrogado perante Juízo, o empresário Saul Hemanuel negou todas as acusações e disse que, na verdade, ele era vítima da esposa, que, nas suas palavras, era ciumenta. A vítima, contudo, afirmou que sofria agressões recorrentes.
Condenação
Diante das provas apresentadas e dos depoimentos das testemunhas, o juiz Francisco Valdo Rocha decidiu pela condenação do empresário Saul Hemanuel. “Confrontando as provas existentes nos autos, resta incontroverso que o réu, de forma livre e consciente, lesionou a vítima. Nessa perspectiva, a negativa do réu restou isolada, revelando-se frágil e dissociada dos demais elementos de prova dos autos. Por outro lado, verifica-se que a versão da vítima guarda coerência com os demais elementos de prova produzidos, tanto em sede policial, como em Juízo”, concluiu o magistrado.
Outro lado
Procurado pelo GP1, o empresário não foi localizado para comentar a decisão.
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