Um homem identificado como Raimundo Conceição Santiago, de 60 anos, teve quase 100% do corpo queimado durante um incêndio em um escritório desativado da Castanha Industrial do Piauí, localizado no bairro Livramento, na zona sudeste de Teresina. Ele é vigia do local e trabalha na empresa há 20 anos.

De acordo com informações do tenente Juarez Júnior, do Corpo de Bombeiros do Piauí, o vigia já estava do lado de fora quando a equipe chegou ao local. “Quando nós chegamos ele estava na parte externa com corpo todo queimado, praticamente, 100%. Após isso a gente adentrou nos cômodos e percebemos que dentro de um cômodo havia a presença de chamas, que foram combatidas, claro, com pouca água, para até preservar o local do ocorrido”, contou.

“Uma equipe do Samu veio e nós também estávamos com uma viatura do resgate tomando providências para conduzi-lo até o HUT. Ele foi levado consciente e sentindo muitas dores”, pontuou o tenente Juarez.

Ainda segundo o tenente Juarez Júnior, Raimundo Conceição foi encontrado por outro vigia que chegou para assumir o turno de trabalho. “Ele é funcionário, tem aproximadamente 60 anos, e trabalha como vigia noturno. Ele foi encontrado pelo vigia diurno logo após a passagem de serviço, foi ele quem acionou o Corpo de Bombeiros e o Samu”, afirmou.

Material inflamável

No local, de acordo com o tenente Juarez Júnior, os bombeiros encontraram recipientes com gasolina intacto, que serão analisados pela perícia. "Foram encontrados alguns galões de gasolina dentro do cômodo onde houve o incêndio, porém, a gente percebeu que esses galões não foram consumidos pelo calor e chamas. A gente retirou eles até para evitar uma nova propagação, mas estamos aguardando a perícia para dar maiores informações", explicou.

Causa

Questionado se já foi possível identificar a causa do incêndio, o tenente Juarez ressaltou que somente a perícia poderá constatar o que realmente aconteceu. “Nesse momento seria precipitado identificar alguma causa. Até porque quando se faz uma perícia dessa todas as hipóteses são trabalhadas, não só a questão criminosa, mas também a questão do incêndio elétrico, até a própria questão do GLP, já que o chamado inicial era de um vazamento de gás, então todas as hipóteses, nesse momento, são levadas em conta, não tem como identificar uma única”, argumentou.