Dezenas de manifestantes se reuniram na manhã desta quarta-feira (4), em protesto contra a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ato acontece em frente a Justiça Federal, na Avenida Miguel Rosa, zona sul de Teresina. Participam da manifestação representantes do Partido dos Trabalhadores (PT), da Frente Brasil Popular, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e do Partido da Causa Operária (PCO).
Segundo o diretor da Frente Brasil Popular, Marcelino Fonteles, o objetivo do ato é garantir o respeito a Constituição Federal. “A Constituição determina que ninguém deve ser preso, a não ser quando o seu processo for transitado e julgado, isso quer dizer que só depois do processo passar por todas as instâncias, sendo a última o STF. Então nesse sentido, somos contrários as ameaças de prisão do ex-presidente Lula, que foi condenado injustamente, sem qualquer prova”, afirmou.
Para o representante da CUT, Josiel Silva, a perseguição de Lula é também uma afronta aos trabalhadores. “A gente tem que deixar muito claro que o Brasil vive um acirramento da luta de classes. Estamos analisando que todo esse processo de perseguição do ex-presidente Lula é na verdade uma perseguição a todas as conquistas que foram conseguidas pela classe trabalhadora. Então estamos encarando esse cenário como um enfrentamento, garantindo a candidatura de Lula, que é o anseio da classe trabalhadora do país”, ressaltou.
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) voltam a se reunir nesta quarta-feira (4), para dar continuidade ao julgamento do habeas corpus preventivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que iniciou no último dia 22.
Lula foi condenado em segunda instância a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso tríplex do Guarujá. A sessão de julgamento do habeas corpus está prevista para ter início ás 14h. Na sessão desta quarta, os ministros irão decidir se Lula poderá recorrer da condenação em liberdade até o esgotamento de todos os recursos possíveis em todas as quatro instâncias do Judiciário ou se ele pode ser preso imediatamente.
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