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Parnaíba - Piauí

Coren-PI mantém a interdição do CAPS 24h de Parnaíba

Esse CAPS faz o atendimento em todas faixas etárias nos casos referentes a transtornos pelo uso de álcool e outras drogas, com um funcionamento de 24h.

O Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) AD III 24h de Parnaíba continua fechado, mesmo tendo sido interditado há seis meses pelo Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (Coren-PI). A unidade de saúde é de responsabilidade da prefeitura, que tem como gestor Mão Santa, e ainda estaria recebendo recursos do governo federal.

Esse CAPS faz o atendimento em todas faixas etárias nos casos referentes a transtornos pelo uso de álcool e outras drogas, com um funcionamento de 24h. O Coren-PI fez a interdição ética no dia 31 de julho, após uma sindicância ter sido realizada e ter encontrado vários problemas, alguns estruturais, assim como a falta de enfermeiros para darem assistência.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Mão SantaMão Santa

O GP1 entrou em contato com a presidente do Coren-PI, Tatiana Guimarães, que informou que a interdição continua até que a prefeitura regularize a situação, o que ainda não aconteceu. “A diretora administrativa do CAPS solicitou a desinterdição, mas quando eles solicitaram, não cumpriram todos os requisitos que fizeram a gente interditar, o principal que era a ausência de enfermeiros, eles não cumpriram. Na ocasião, eles pediram para aguardar a realização do concurso, só que ele foi suspenso e acabou não acontecendo. Dessa forma a gente não desinterditou, pois eles não atenderam os requisitos, como a existência de enfermeiros em todos os horários, porque antes tinham horários que não tinham enfermeiros para supervisionar os técnicos”, afirmou.

Tatiana destacou que a prefeitura continua recebendo recursos do governo federal para o funcionamento do CAPS e que os profissionais concursados foram remanejados para outras unidades, mas que os prestadores de serviços estão sem receber, até que a prefeitura regularize a situação.

“A situação lá é de interdição ética desde aquela época. Os profissionais foram todos retirados após a interdição e então eles não prestam mais assistência naquele prédio. Só será desinterditado quando for feito o pedido e resolvido todos os problemas. A gente fica muito triste, pois é um serviço de enfermagem que a população precisa, porque os usuários já tinham um serviço precário, em um local insalubre. A gente já até notificou o Ministério Público Estadual e Federal para abrir procedimento, pois a prefeitura continua recebendo os recursos, que vem todo mês, que é para pagar a equipe de enfermagem. Só que eles não estão trabalhando lá, eles realocaram para outros setores. Inclusive tem prestadores de serviços que estão sem trabalhar, porque não foram realocados para outro local, agora os concursados eles realocaram, porque eles não podiam ficar sem trabalhar”, explicou Tatiana Guimarães..

Outro lado

A secretária de Saúde, Rejane Moreira, informou que o problema relacionado à contratação de pessoal, já foi resolvido e que já está dando encaminhamento ao pedido de desinterdição.

“Assumi há cerca de um mês a secretaria de Saúde, mas essa situação já estava sendo resolvida, a questão de pessoal já foi resolvida e então estamos dando os devidos encaminhamentos para essa questão [da desinterdição]”, informou a secretária.

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