Rafael Travassos Magalhães, conhecido como “Mestrão”, apareceu em um diálogo de WhatsApp com o senador Sergio Moro (União Brasil-PR). Magalhães trabalhou no gabinete de Moro quando ele ainda era juiz federal. O apelido “Mestrão” foi adquirido por Magalhães devido ao seu hábito de chamar os colegas de “mestre”.

Segundo o jornal O Globo, antes de trabalhar com Moro, Magalhães era assessor do deputado estadual Ricardo Arruda, do antigo PSC. A relação entre Moro e Magalhães é de longa data, e ambos têm uma história de trabalho conjunto.

A assessoria de Moro emitiu uma nota afirmando que “a pessoa em questão, sem ter informação do voto do senador Sergio Moro, fez a sugestão somente porque distorceram o posicionamento do parlamentar nas redes após cumprimento ao ministro Dino”. Em resposta, Moro afirmou que manteria o sigilo do voto, que é um instrumento de proteção contra retaliações.

Após aparecer abraçado com o ministro da Justiça, Flávio Dino, na sabatina da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Moro foi flagrado sendo orientado por Mestrão a não divulgar seu voto. Isso ocorreu porque as redes sociais estavam “pipocando”, ou seja, havia muita atividade e discussão sobre o assunto.