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Capitão de Campos - Piauí

Ex-prefeito Moisés Augusto Barbosa é indiciado pelo Greco

O delegado Willame contou que o ex-prefeito Moisés Barbosa se reservou no direito de se manifestar somente em juízo.

Os delegados Kleydson Ferreira e Willame Moraes, do Greco (Grupo de Repressão ao Crime Organizado) concederam, na tarde desta quinta-feira (27), entrevista coletiva sobre a operação em que o ex-prefeito de Capitão de Campos, Moisés Augusto Leal Barbosa, foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento.

O delegado Willame Moraes explicou o caso: “Tínhamos um prefeito que deixou de realizar licitações para favorecer membro da sua família, no caso o sogro e a sogra. Essas informações chegaram até nós, foi designado pelo delegado kleydson, e nós começamos a colher as provas e com as provas que nós tínhamos solicitamos a oitiva dele [Moisés Augusto] pra ele ser interrogado e ele se recusou a vir, então foi solicitado mandado de condução coercitiva e hoje nós cumprimos esse mandado e também mandado de busca e apreensão na pousada [Aconchego] e também na casa do ex-prefeito, hoje ele foi interrogado e foi indiciado pelo crime do artigo 89 da Lei nº 8666/93 [dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade]”.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Delegado Willame MoraesDelegado Willame Moraes

De acordo com o delegado Kleydson Ferreira a sogra do ex-prefeito era secretária de Finanças do município. “Toda vez que um gestor público ordena despesa, autoriza aquela despesa e vai pagar a despesa é necessário que ele assine e que a secretária de Finanças também assine, ou seja, a própria sogra assinava a ordem de pagamento pra ela mesma, então ela ia ser beneficiada, por isso a gravidade dessa situação. O gestor não apenas desobedeceu a Lei de Licitações, ele favoreceu parentes seus descumprindo vários princípios constitucionais, inclusive principio da moralidade”.

O delegado Kleydson contou que o ex-prefeito Moisés Barbosa se reservou no direito de se manifestar somente em juízo. “Ele silenciou diante de todas as perguntas que foram feitas”, disse o delegado.

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foram encontrados alguns documentos referentes a boletos bancários, apreendidos celulares, computadores e alguns cheques que serão analisados e relacionados junto ao procedimento.

  • Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Kleydson FerreiraKleydson Ferreira

“Duas intimações já haviam sido feitas, além de ofícios de quando ele era gestor do município e, no entanto, nenhuma das vezes ele demonstrou interesse em comparecer à delegacia”, afirmou Kleydson.

Segundo as investigações, as contratações ocorreram no ano de 2013 e eram referentes à hospedagens na pousada Aconchego, de propriedade dos sogros do prefeito na época, Francisco Raimundo Ibiapina e Maria de Fátima Batista Ibiapina, e que o valor chegou a mais de R$ 23 mil.

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